4 de julho de 2015

Secas e fome por todo o mundo: cenário preocupante


Interestelar: a realidade imita a ficção
No filme de ficção científica Interestelar, a humanidade precisa buscar uma solução para a falta de alimento e o empobrecimento do solo. Como aqui na Terra os recursos estavam escassos, o jeito foi se voltar para o espaço em busca de novos planetas que pudessem abrigar seres humanos, salvando assim a espécie da extinção. É mais uma daquelas produções hollywoodianas em que a salvação está nas mãos do ser humano – na ciência, na inteligência, na tecnologia. Deus é um personagem ausente. Somos criaturas de um planeta insignificante lutando para não desaparecer. Ocorre que nosso mundo parece se aproximar gradualmente dos cenários apocalípticos apresentados em certos filmes, só que ainda não temos tecnologia nem recursos capazes de nos levar a outros planetas. Temos apenas este globo, e ele parece “gemer” cada vez mais alto, com dores com as de parto (conforme a metáfora usada por Paulo em Romanos 8:22). A situação é mesmo crítica, e você poderá conferir isso nas informações abaixo, coletadas do MSN Notícias. Em tempos de crise, decisões urgentes devem ser tomadas, doam a quem doer, custem o que custar. Mudanças radicais podem ocorrer em curto espaço de tempo. E a paz relativa de que desfrutamos pode ter fim da noite para o dia. [MB]

Com o oeste dos EUA entrando no quarto ano consecutivo de seca, os moradores da Califórnia foram obrigados a reduzir o consumo de água em 25%. No Brasil, o Sudeste entra em mais um período de estiagem. Outras partes do mundo apresentam secas devastadoras. O Brasil está enfrentando sua pior seca em 80 anos, justamente no ano em que a economia do país deve apresentar taxa de crescimento zero. Pior ainda, o governo federal informou que, como 75% do fornecimento de energia do Brasil é proveniente de barragens hidroelétricas, é possível que ocorram apagões em consequência da seca. A grave seca (a pior no país desde 1930) atinge os três estados mais populosos do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

outback australiano e as regiões à sua volta constituem uma área vasta, árida e semiárida que está perpetuamente à beira, ou no meio, de uma seca. Os fazendeiros estão sempre explorando diferentes maneiras de manter o gado hidratado, as colheitas irrigadas e a si mesmos vivos por meio de barragens, tanques de armazenamento e poços artesianos.

Represa Atibainha, Nazaré Paulista
Uma reportagem com o título “País sedento: mudanças climáticas e seca na Austrália”, realizada pela equipe de pesquisa do Climate Council, uma organização sem fins lucrativos australiana criada para fornecer fatos claros e simples sobre mudanças no clima, afirma que as secas se tornarão mais frequentes e severas devido às mudanças climáticas. A organização (patrocinada por financiamento coletivo) afirma que desde meados da década de 90 os índices pluviométricos caíram de 15% a 20% no sudeste da Austrália, e que, devido ao aumento das temperaturas, as chuvas que ocorrem no sul do país “migraram” mais para o sul, aumentando o risco de seca no sudeste e no sudoeste.

Segundo o Australian Bureau of Meteorology (agência do governo da Austrália responsável por fornecer serviços meteorológicos), a Austrália registrou o segundo mês de fevereiro mais quente desde quando os dados começaram a ser registrados em 1910, com temperaturas máximas nacionais 2,35 graus acima da média.

Represa de Moushan, China
Em março de 2015, a represa de Moushan, na cidade de Anqiu, localizada na província de Shandong a leste da China, tinha apenas 220.000 metros cúbicos de água. Um total de 157 rios ficaram sem água e 274 represas secaram em consequência da seca. Aproximadamente 169.300 hectares de colheitas foram afetados. Segundo a agência Xinhua News, a precipitação artificial realizada em abril de 2015 resultou em três dias de chuva, um alívio para as áreas castigadas pela seca na província de Shandong.

A seca que castiga algumas regiões do oeste dos EUA entra no quarto ano. Atualmente, o lago Powell, uma das duas maiores represas da bacia do rio Colorado, está com 45% de sua capacidade e até setembro corre o risco de ver a elevação da superfície cair abaixo de 328 metros acima do nível do mar, o que seria o nível mais baixo já registrado. A bacia do rio Colorado fornece água para 40 milhões de pessoas em sete estados do oeste americano.

A média das temperaturas 10 graus acima do normal quase todos os dias e o baixo volume de chuvas impedem que a Califórnia acabe com a seca na região. Escolas, universidades, campos de golfe, instalações industriais e recreativas, e residências foram os principais alvos do decreto emitido pelo governador da Califórnia, Jerry Brown, obrigando a redução de 25% no consumo de água. Em resposta à seca, alguns moradores da Califórnia estão removendo suas piscinas.

No Irã, o lago Úrmia diminui cada vez mais, o que representa risco de tempestades de sal e futuros problemas para a saúde das pessoas e para o meio ambiente. O lago Úrmia já foi um dos maiores lagos salgados do mundo, mas perdeu 90% de seu volume na última década e agora simboliza a gravidade da crise de água no Irã

Décadas de uso excessivo, mau gerenciamento da água e seca em escala nacional tornaram os recursos hídricos um importante problema de segurança no governo do presidente Hassan Rouhani, que prometeu recuperar o lago Úrmia em 10 anos, com o orçamento de US$ 5 bilhões

Lichtenburg, África do Sul
A África do Sul, o maior produtor de milho do continente, está sofrendo sua pior seca desde 1992. O governo prevê uma queda de 32% na colheita de 2015.

Segundo a Reuters, neste ano a Tailândia enfrentará a pior seca da década e isso afetará as colheitas. A Tailândia é um dos principais exportadores de arroz do mundo. A Tailândia pretende cortar a produção para reduzir o volume excedente destinado ao mercado local e aumentar os preços, complementando a determinação do governo de vender os estoques que enchem os armazéns no país inteiro.

A ilha de Taiwan iniciou um programa de racionamento de água em algumas de suas principais cidades como medida para combater a pior seca em mais de uma década. Para piorar, essa seca ocorreu após o período de menor índice pluviométrico em quase 70 anos.

Nota: O principal assessor econômico do primeiro-ministro australiano Tony Abbott afirmou em um artigo publicado na sexta-feira passada que a ONU usa os dados sobre as mudanças climáticas para consolidar seu poder em nível internacional. “A mudança climática é a isca” para obter o verdadeiro objetivo da ONU, que é “concentrar a autoridade política”, declarou Maurice Newman, presidente do conselho consultivo do primeiro-ministro, em um artigo publicado no jornal The Australian. “É um segredo bem guardado, mas que foi descoberto, depois de quase duas décadas de estagnação da temperatura, que 95% dos modelos climáticos que demonstram a relação entre as emissões humanas de CO2 e a mudança climática estão errados”, escreveu ele, sem fornecer mais detalhes. “Isto não tem nada a ver com fatos ou lógica. Trata-se de impor uma nova ordem mundial sob o controle das Nações Unidas. É contrário ao capitalismo e à liberdade e fez do catastrofismo ambiental um tema para chegar ao seu objetivo”, diz ele. 

Na verdade, a ONU não é a única organização se valendo da bandeira ecológica para levar avante seus interesses. O Vaticano também tem seus objetivos, entre os quais estabelecer o domingo como dia de repouso, uma de suas pretensões históricas.

Não são poucos os que questionam o aquecimento antropogenicamente causado (culpa humana). Mas se estamos vendo alterações climáticas e consequente agravamento de crises como a da água, em todo o planeta, quem seria o culpado por tudo isso? Leia esta citação e acredite se quiser:

“Satanás também opera por meio dos elementos a fim de recolher sua colheita de pessoas desprevenidas. Estudou os segredos dos laboratórios da natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus. [...] Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. [...] Essas visitações devem se tornar mais e mais frequentes e desastrosas. [...] E então o grande enganador persuadirá as pessoas de que os que servem a Deus estão motivando esses males. [...] Será declarado que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do descanso dominical; que esse pecado acarretou calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja estritamente imposta” (Ellen White, O Grande Conflito, p. 589, 590; grifos meus).

O livro do Apocalipse (7:1) afirma que anjos estão retendo os “ventos” finais (guerras, crises), mas que eles não farão isso por muito mais tempo. À medida que o poder refreador de Deus é retirado de um planeta que vem rejeitando a misericórdia divina, Satanás amplia seu poder homicida e causa todo tipo de desgraça. Os servos de Deus (Ap 12:17) terão dificuldades, mas serão protegidos nesse “vale da sombra da morte”. Qual será a sua escolha? Com que grupo de pessoas você deseja estar? Com aqueles que ainda acreditam que a humanidade vai encontrar uma saída (opção hollywoodiana) ou com aqueles que creem que a volta de Jesus é a única solução para este mundo que agoniza (opção bíblica)? [MB]