6 de janeiro de 2013

Um Grande Período Profético -2


- Os 2.300 Dias de Daniel 8 –
“Existe clara e íntima correlação entre as duas visões (de Daniel 8 e 9). Diz-se das setenta semanas haverem elas sido separadas para certos fins especiais; e isso implica um período mais longo do qual elas são separadas, seja do tempo comum geral, ou de algum período claramente revelado. Ora, o prévio período (2300 dias) inclui dois acontecimentos – a restauração do sacrifício, e a desolação. O primeiro deles é de carácter idêntico às setenta semanas, que são um período da restaurada soberania política de Jerusalém; do que se deduz que o mais lógico é referir-se a separação ao período integral da primeira visão.” – First Elements of Prophecy, por T.R.Birks, ps. 359 e 360.
1.      Que deveria acontecer no fim das setenta semanas?
Rª: “Para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.” Dan. 9:24, última parte do versículo.
Comentários: “Para extinguir a transgressão.” – Ou, como diz a trad., de Figueiredo, “a prevaricação se consuma.” Os judeus deviam encher a medida da sua iniquidade, rejeitando e crucificando o Messias; não seriam então por mais tempo o Seu povo particular, escolhido. Ler S. Mateus 21:38-43; 23:32-38; 27:25.
“Dar fim aos pescados.” – A melhor explicação desta cláusula é dada em Heb. 9:26: “Agora na consumação dos séculos uma vez Se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de Si mesmo.” Ver também Romanos 8:3.
“Trazer a justiça eterna.” – Isto deve referir-se à justiça de Cristo – aquela justiça pela qual Ele pôde fazer expiação pelo pecado e que, pela fé pode ser imputada ao crente penitente.
“Ungir o Santo dos santos – Deve referir-se à unção do santuário celestial, quando Cristo Se tornou “Mistro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:2
2.      Que parte desse período deveria ir até Cristo, o Messias, ou Ungido?
Rª: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, …” Dan. 9:25, primeira parte.
Nota: O termo Messias significada ungido, e Jesus foi ungido com o Espírito Santo (Atos 10:38) no Seu baptismo, o ano 27 de nossa era. S. Mat. 3:16.
3.      Quando, disse o anjo, deviam começar as setenta semanas (490 anos)?
Rª: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.” Daniel 9:25.
Comentário: Setenta semanas são 490 dias proféticos, e contando um dia profético como um ano (Núm. 14:34; Ezeq. 4:6), a contagem perfaz um período de 490 anos literais.
Sessenta e nove (7 semanas e 62 semanas) das setenta semanas deviam chegar até ao “Messias, o Príncipe.” Messias é Cristo, “o Ungido.” Messias é a palavra hebraica, e Cristo a palavra grega significando ungido. (ver João 1:41).
4.      Como foi Jesus ungido?
Rª: “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude.” Atos 10:38.
5.      Em que ocasião recebeu Jesus a especial unção do Espirito Santo?
Rª: “E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu; e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.” Luc. 3:21, 22.
6.      Que profecia citou Jesus logo após, como se aplicando a Ele?
Rª: “O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração.” Luc. 4:18. (ver Mar. 1:15).
Nota: É evidente que as sessenta e nove semanas (483 anos) deviam chegar até ao baptismo de Cristo, visto ser esse o tempo da Sua unção pelo Espírito Santo. João Batista começo a sua obra no décimo quinto ano do reinado de Tibério (Lucas 3:1-3), e isto coloca a unção de Jesus no ano 27 A. D., por ocasião do Seu baptismo.
7.      Quando foi expedido um decreto para restaurar e edificar Jerusalém?
Rª: “Este Esdras subiu de Babilónia; e era escriba hábil na lei de Moisés, que o SENHOR Deus de Israel tinha dado; e, segundo a mão do SENHOR seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira.
Também subiram a Jerusalém alguns dos filhos de Israel, dos sacerdotes, dos levitas, dos cantores, dos porteiros e dos servidores do templo, no sétimo ano do rei Artaxerxes.
E no quinto mês chegou a Jerusalém, no sétimo ano deste rei.” Esdras 7:6-8.
Nota: Três decretos publicaram os monarcas persas para a restauração da pátria dos judeus. São mencionados no livro de Esdras: “Porquanto és enviado da parte do rei e dos seus sete conselheiros para fazeres inquirição a respeito de Judá e de Jerusalém, conforme à lei do teu Deus, que está na tua mão.” Esdras 6:14.
O decreto de Ciro dizia respeito  ao templo tão-somente, o decreto de Dario Histaspas  providenciou a continuação dessa obra, estorvada por Esmerdis; mas o decreto de Artaxerxes restaurou por completo o governo judaico, providenciando a vigência das suas leis. Este último decreto, portanto, é aquele que serve de ponto de partida para o cálculo das setenta semanas, assim como, é claro, dos 2300 dias.
O decreto de Artaxerxes foi espedido no sétimo ano do seu reinado, e de acordo com os métodos antigos de cronologia, entrou em vigor em Jerusalém nos fins de 457 antes de Cristo. Contando 483 completos desde o primeiro dia de 457, isto nos leva ao último dia de 26 A.D. isto se demonstra pelo fato de que são precisos todos os 26 anos A. D., e todos os 457 anos antes de Cristo, para perfazer 483 anos.
Se o decreto para a restauração completa de Jerusalém não entrou em efeito senão passada a metade do ano 457 antes de Cristo (Esdras 7:8), então todo o tempo da primeira parte daquele ano não se acha incluído no período, e deve ser acrescentado ao último dia de 26 A.D., o que nos leva até à última parte de 27 A.D., isto é, a ocasião do baptismo de Cristo. Isto “sela” (Dan. 9:24), ou seja, confirma a profecia.
8.      No final dos 483 anos, em 27 A.D., uma semana, ou sete anos dos 490, restavam ainda. Que devia acontecer ao meio da semana?
Rª: “E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação.” Dan. 9:27.
Nota: Como as sessenta e nove semanas terminaram nos fins de 27 A.D., a metade da septuagésima semana ou os três anos e meio, terminaram perto do meado de 31 A.D., quando Cristo foi crucificado, e por Sua morte fez cessar, ou pôs fim aos sacrifícios e oblações do santuário terrestre. Mais três anos e meio (a última parte da septuagésima semana) terminariam perto do fim de 34 A.D. Isto nos leva ao final dos 490 anos que foram determinados ao povo de Israel. Restam ainda 1810 anos, que, somados a 34 A.D., nos levam a 1944 A.D.
9.      Que, disse o anjo, teria lugar então?
Rª: “E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Daniel 8:14.
Nota: Por outras palavras, começaria nesse tempo a grande obra finalizadora de Cristo para o mundo, a expiação, ou o juízo investigativo. O típico Dia da Expiação para Israel ocupava só um dia no ano. O juízo investigativo poderá ocupar um tempo relativamente breve. Já há mais de século e meio que essa obra está em prosseguimento, e logo deverá concluir-se. Quem tem o temor do Senhor logo deve preparar-se.
10.  Sob que símbolo é acentuada a importância da mensagem da hora do juízo?
Rª: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apoc. 14:6,7.
Nota: Emprega-se aqui o símbolo de um anjo para representar a mensagem do juízo, que deve ser pregada a todo o mundo. Visto como os anjos pregam as suas mensagens aos homens por intermédio de instrumentos humanos, compreende-se que este símbolo de um anjo voando no meio do céu representa um grande movimento religioso, proclamando aos homens a mensagem da hora do juízo.
11.  Em face do juízo investigativo, que somos admoestados a fazer?
Rª: “Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”
12.  Que séria advertência é feita pelo apóstolo Paulo?
Rª: 30 Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
31 Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há-de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. Atos 17:30,31.

José Carlos Costa, pastor.

Sem comentários: