29 de junho de 2012

Sexta Bem-aventurança do Apocalipse - Apoc 22:7

Apocalipse 22:7. “Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”.
Há duas expressões que precisam ser compreendidas: a) Venho sem demora,
Nota: Este anjo cita as palavras de Jesus, Apoc. 1:1 “brevemente”, o pensamento de que os diferentes acontecimentos preditos no livro do Apocalipse deviam suceder num futuro próximo, é uma declaração repetida 7 vezes: 1:1; 3:11; 6:11; 12:12; 17:10; 22:7; 22:20.
Ou seja, o conceito da iminente vinda de Cristo é o grande acontecimento que culmina o antigo conflito entre o bem e o mal que começou quando Lucifer pôs em causa o carácter do governo de Deus. As declarações no Apocalipse e noutras passagens bíblicas relacionadas com a iminente vinda de Jesus, devem entender-se dentro dos limites deste grande conflito.
Deus poderia ter aniquilado com toda a justiça de Lúcifer quando com obstinada impenitência persistiu na sua rebelião; mas a sabedoria divina deferiu a exterminação do mal até que a natureza e os resultados do pecado se tornassem plenamente visíveis para os habitantes do universo (PP, p. 21-23).
Em qualquer dos diferentes e cruciais momentos da história deste mundo, a justiça divina poderia ter anunciado: “Está consumado!” E Cristo poderia ter vindo para inaugurar o Seu reino de justiça. Por conseguinte, as sete declarações do Apocalipse a respeito da vinda de Cristo devem compreender-se como uma expressão da vontade e do propósito de Deus, como promessa expressa condicionalmente, e não como declaração baseada no conhecimento prévio de Deus…,
e b) Bem-aventurado o que guarda as palavras da profecia deste livro. Esta é a sexta bem-aventurança do Apocalipse (1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6:22:14). As “palavras”, quer dizer os conselhos e admoestações deste livro.

Vamos estudá-las rapidamente, mas não tão rapidamente, para que possamos entender.
1. Venho sem demora:
Quando Será a volta de Jesus?:
1. O dia e a hora não sabemos, mas sabemos que Jesus prometeu voltar. Mateus 24:36.
2. Veja a promessa que Jesus fez: João 14:1-3.
3. Nesta promessa Jesus nos diz que devemos ficar com o coração tranquilo. Confiar plenamente, pois na casa do Pai há moradas para todos. Ele foi apenas arrumar a casa e muito em breve virá nos buscar.
4. Ao olhar o mundo ao redor é possível descobrir que os sinais mencionados por Jesus se cumpriram e estão se cumprindo uma a um.
5. Seria bom pensar que o último sinal da vinda de Cristo é a pregação do evangelho em todo o mundo então virá o fim, conforme Mateus 24:14.
6. Dos 234 países reconhecidos pela ONU, só a Igreja Adventista do Sétimo Dia está pregando em 217. Devemos acrescer a este número, a presença de outras igrejas cristãs, também pregando a volta de Jesus.
7. Só posso dizer que Jesus virá muito em breve.

Como Será a Volta de Jesus?:
1. Visível – Apocalipse 1:7 “Todo olho o verá, até quantos o traspassaram”.
2. Literal e Corpórea – Atos 1:11 “Este mesmo Jesus, descerá do mesmo modo que o vistes subir”.
3. Com Poder – Mateus 24:30 “Com poder e glória”.
4. Virá nas Nuvens do Céus – Mateus 24:27 “Como o relâmpago”.

Para que voltará Jesus?
Virá para buscar o seu povo. “Reunir os escolhidos” Mateus 24:31.
Você é o convidado de Deus:
1. Eu posso ouvir Deus dizendo: “Você é meu convidado”.
2. Que emoção para Adão, comer de novo do fruto da árvore da vida, e dele compartilhar com todos os seus filhos.
Muitos Ficarão de Fora:
1. Embora o convite seja estendido a todos, muitos ficarão do lado de fora.
2. Em Apocalipse 21:8, a Bíblia diz que “fora ficarão os covardes, os assassinos, os incrédulos, os mentirosos, os idólatras, e uma gama enorme de ímpios”.
3. Todos aqueles que buscam a salvação por seus próprios méritos, ficarão do lado de fora.
4. Ninguém poderá entrar lá vestindo folhas de figueira. Isto é: obras próprias.
5. Nossa justiça segundo a Palavra de Deus e “Como trapo de imundícia”. Isaías 64:6.
6. Todos os que rejeitam os méritos de Jesus ficarão do lado de fora.

2. Felizes os que guardam:
1. O livro de Apocalipse deve ser compreendido pelo povo de Deus.
2. Feliz o que guarda as Palavras do Livro.
2. Deus tem muitas bênçãos para Seu povo escolhido.
3. A bênção de poder conhecer todas as revelações de Deus.

Conclusão:
Deus não faz nada sem antes revelar seus segredos aos servos, os profetas. Amós 3:7.
Deus finalmente revelará inclusive o dia e a hora da volta de Jesus. Isto é parte do concerto de paz que o Senhor fará com os que amam a Sua lei.

1. Aparecerá no céu a lei de Deus. A primeira parte mais brilhante que a segunda e o quarto mandamento mais brilhante ainda. Todos os habitantes poderão ver que os que estão sendo perseguidos são os filhos obedientes de Deus, que guardam Sua santa lei. Os religiosos se virarão contra seus líderes espirituais porque se sentem enganados. Haverá muita comoção nesta hora.
2. Deus com poderosa voz anuncia o dia e a hora da volta de Jesus. Os ímpios vão pensar que se trata de um trovão ou coisa semelhante, mas os santos sabem ser aquela a voz poderosa de Deus.

“Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus, dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer. Eis que venho sem demora. Bem-aventurado é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”.

27 de junho de 2012

O Primeiro dos Três Anjos

Hoje vamos começar a estudar o capítulo 14 do Apocalipse. O tema está dividido em três partes distintas. Começaremos pela primeira delas.

Apocalipse 14:6 e 7, diz: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua e povo. Dizendo com grande voz: temei a Deus, e dai-lhe glória; porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”.

Temos muitos símbolos para expressar a última tentativa de Deus de preparar o mundo para o retorno de Jesus. Na linguagem do profeta, ele viu um anjo voando pelo meio do céu. Que queria ele dizer?

“O anjo representa os santos de Deus ocupados com a tarefa de proclamar o Evangelho eterno… E a extensão de seu voo indica os alcances mundiais da obra e da mensagem deste anjo. Sua obra cresce e se desenvolve até que seja ouvida por toda a humanidade” (C.B.A.S.D. vol. 7, p. 841).

A palavra anjo significa mensageiro do céu, ou tipos de agentes de Deus na terra (Apocalipse 1:20; 2:1; Hebreus 1:7,14; Gálatas 4:14). “Os três anjos de Apocalipse 14 representam o povo que aceita a luz das mensagens de Deus, e vão como agentes Seus a soar a advertência por toda a extensão e largura da terra” (Testemunhos Seletos II, 4.ª ed. 1971, p. 372).

A profecia diz que estes anjos ou mensageiros tinham que proclamar o evangelho eterno. A palavra eterno, na língua grega em que foi escrito o Apocalipse, “referia-se a algo que é contínuo e não está sujeito a mudanças repentinas” (C.B.A.S.D. vol. 5, p. 501).

Portanto, o que os anjos de Deus em todos os tempos teriam e terão que anunciar em todo o mundo é algo eterno, que não sofreu e não sofrerá alterações com o passar do tempo. O evangelho de Deus é tão eterno como é eterno o Seu autor.

O que tem que ser levado a todo o mundo não é o evangelho quebrado, rasgado que muitas igrejas estão a pregar nos nossos dias, nem é o evangelho da prosperidade que outras anunciam e muito menos o evangelho social defendido por tantos.

Deus precisa de anjos para irem por todo o mundo, pregar o evangelho eterno, que indica imutabilidade. Esse evangelho não pode ser mudado ou alterado por nenhuma pessoa, por mais poder que ela possua. Deus não deu autoridade a ninguém neste mundo para mudar ou reformar o que Ele estabeleceu. Não está nas mãos do homem pecador e falível alterar aquilo que o infalível Deus determinou (Deuteronómio 4:2: 12:32; Eclesiastes 3:14).

O evangelho deveria ser proclamado com grande voz, e isso mostra a preocupação de Deus com a clareza da Suas mensagens. Não pode haver dúvidas, mas sim plena compreensão e certeza. A voz tem que ser clara e precisa sobre o que Deus espera dos Seus filhos.

Para que ninguém pusesse em causa o que é o evangelho eterno, o próprio Deus se preocupou em definir o que deveria ser pregado pelo primeiro anjo.

“Temer a Deus”. No original grego essa palavra significa reverenciar, não tem a ideia de medo ou afastamento de Deus. O temor que deve ser pregado em alta voz é o respeito, a obediência e a reverência para com Deus e os Seus ensinos. A palavra “temer a Deus” também quer transmitir a ideia de absoluta lealdade a Deus e uma submissão completa à Sua vontade.

“Dai-lhe glória”. Significa que Deus deverá ser reconhecido e louvado por Sua grandeza. Ele deve ser homenageado por Suas criaturas.

“É chegada a hora do Seu juízo”. A Bíblia contém muitos versos que falam de um juízo que todos teremos que enfrentar. Paulo assim expressou: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (II Coríntios 5:10).

Esse dia chegará para todos os filhos de Deus. Cabe a cada um fazer os preparativos necessários para enfrentar esse momento, pois Deus se levantará para julgar a cada um pelo que fez ou deixou de fazer. A profecia diz que a mensagem do juízo futuro tem que ser pregada em alta voz.

“Adorai aquele que fez o céu a terra e o mar, e as fontes das águas”. O grande ponto em disputa no cenário espiritual é: quem adorar e quando adorar. Deus está pedindo que somente o Criador seja adorado, mas no Apocalipse, porém, um outro poder também pede para ser adorado, Satanás.

A crise em que estamos envolvidos é tomarmos a decisão de quem adorar: o Criador ou a criatura. Cada um terá que fazer sua escolha: adorar a Deus, o Criador de todas as coisas, ou a criatura, ou ainda qualquer outro “deus”.

A profecia já iniciou seu cumprimento. Alguma coisa ainda falta. Todos somos convidados por Deus para como um anjo transmitirmos as boas novas de salvação ao mundo inteiro. Estamos dispostos a isso?

Creia no Senhor Deus para ficar seguro. Creia nos Seus profetas para prosperar.

26 de junho de 2012

A Sétima Bem-Aventurança

Apocalipse 22:14-17. “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas
vestiduras (guardam os seus mandamentos – tradução dos escritos unciais – hoipoiountestasentolasautou: “que guardam os seus mandamentos ou hoiplunontestasstolasauton: “que lavam as suas vestiduras, cf. Apoc. 12:17; 14:12; cf. João 14:15,21; 15:10; 1ª João 2:3-6; em relação com lavar as vestiduras, ver Apoc. 7:14) no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade de Deus pelas portas ”.

Considerar três pontos principais:
1. Felizes os que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro. Esta frase fala do tema da salvação. A salvação é um dom de Deus. É inteiramente de graça. A salvação é uma coisa que é 100% de Deus. Por outro lado, a aceitação é uma coisa que é 100% do ser humano. Depende apenas da nossa aceitação. Quando aceitamos o plano de Deus e nele prosseguimos, somos lavados pelo sangue do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Apocalipse 13:8.
• O nosso direito a entrar no céu deve-se à justiça de Cristo que nos é dada sem a merecermos; e a nossa idoneidade para o céu, é o resultado da justiça que nos é impartida à medida que seguimos os Seus passos.
• Esta justiça está simbolizada pelas roupas lavadas e tornadas brancas. A evidência exterior da justiça de Cristo comunicada é o perfeito cumprimento dos mandamentos de Deus. Por isso a ideia das vestes lavadas e a obediência aos mandamentos, estão intimamente ligados.
• As vestes aqui referidas são roupas largas “soltas”, vestes santas de Arão e os seus descendentes (Exodo 28:2;29:21). Eram roupas nobres “stolé”,vestes que chegam até aos pés.
• A Nova Jerusalém será a capital da Terra (CS 735)

2. Terão direito à árvore da vida. A árvore da vida estava no centro do Éden, no paraíso. Após o pecado Deus colocou querubins ao Oriente do Jardim do Éden para guardar o caminho da árvore da vida. O ser humano foi impedido de comer do fruto da árvore. Se comesse seria eternamente pecador. Os que lavam as suas vestiduras, isto é: os que aceitam o plano de Deus terão direito à árvore da vida. Será uma cena indescritível. De eterna alegria. Adão será conduzido de volta à árvore da vida. Jesus lhe dará do fruto. E ele, Adão, partilhará do fruto com a sua família. Desde o seu filho Abel, seus descendentes e chegará até você, até mim. Ó, louvado seja Deus que nos revelou o que preparou para os que O amam.
I Coríntios 2:9.

3. Entrarão na cidade de Deus pelas portas. São doze portas. Cada porta de uma só pérola. Nas portas os nomes das doze tribos de Israel. As portas significam vitória. Uma tendência mais forte. O Apocalipse diz várias vezes que tudo isso é para o vencedor. Somos vencedores. Deus nunca chama para depois abandonar no meio da jornada. É Ele, Deus quem nos toma pela mão e debaixo das Suas asas estaremos seguros. Hoje, amanhã e eternamente.

A Cidade Santa, A Nova Jerusalém: Apocalipse 22:15
1. É tão magnífica que é dito ser a noiva do Cordeiro. Num casamento, a noiva é a atração principal. (ver Apocalipse 21:9,10). “fármakos” - “feiticeiros” o sentido etimológico é magia, encantamento, bruxaria e o uso de drogas para entorpecer os sentidos.
2. O seu fulgor é semelhante a uma pedra preciosíssima.
3. Os fundamentos são adornados com pedras preciosas. Têm os nomes dos doze apóstolos.
4. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.
5. A cidade mede mais ou menos 2.200 kms de cada lado (Apoc. 21:15-17). (“doze mil estádios”. Um cubo com aproximadamente 2.200 quilómetros de cada lado, incluindo a altura, com um muro de 66 metros de espessura. Calcula-se que, se apenas 25% desse espaço fosse usado para habitações, acomodaria confortavelmente vinte biliões de pessoas).
6. É iluminada pelo Cordeiro de Deus. Não precisa de sol nem de lua.
7. Nela nunca entrará qualquer coisa contaminada.
8. As portas nunca se fecharão.
9. O rio da vida, brilhante como cristal.
10. A árvore da vida com o seu fruto de mês em mês. Saúde, eternidade.
11. A nossa morada na casa do Pai.

Conclusão:
1. Para ter direito a tudo isso, basta apenas aceitar o plano de salvação estabelecido por Deus.
2. Aceitar o plano de Deus é ser lavado pelo sangue do Cordeiro de Deus, que é o único meio de chegar ao Pai. Jesus disse assim: “Ninguém vem ao Pai, senão por Mim”. João 14:6.
3. Fora ficam os cães (cínicos, ver Filip. 3:2) os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.
4. Amados, o Senhor Jesus convida-nos: “Eu Sou o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Princípio e Fim, Sou a Raiz e a Geração de David, a brilhante Estrela da Manhã, venha aquele que tem sede e receba de graça a água da vida”. Apocalipse 22:13, 15-16.
5. Cada um de nós só não vai para a eternidade se não quiser.
6. Eu convido-vos a todos, em nome de Jesus, vamos!

25 de junho de 2012

O Segundo dos Três Anjos

Esta série de três profecias mostra o último esforço de Deus para salvar o ser humano. O capítulo catorze do Apocalipse é, sem dúvida, um divisor de águas no plano de Deus para o planeta Terra.
A primeira profecia descreve a pregação de um evangelho eterno, que deve ser dividido com toda nação, tribo, língua e povo. Ao mesmo tempo é anunciado que um juízo está em andamento e que a nossa adoração deve ser somente ao Deus Criador do céu e da terra.
O evangelho apresentado não é um evangelho moderno, mas eterno; não um tradicionalismo vazio, mas uma verdade de graça redentora; não é o apelo do profeta ao pecador, mas do glorioso e amante redentor. Esse é o desafio que a mensagem do primeiro anjo apresenta.

24 de junho de 2012

O Terceiro dos Três Anjos

Vamos estudar hoje o terceiro dos três anjos de Apocalipse 14. Esse é o último esforço de Deus no sentido de convencer Seus filhos a não adorarem a besta. Esse falso poder tem mantido a mesma postura ao longo da história da igreja cristã, ao exigir a adoração que somente o Criador merece.
Apocalipse 14:9 e 10 – “Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.”
A profecia diz que mais um anjo é visto voando pelo céu e a mensagem que esse anjo apresenta é de uma dura advertência e de ameaça com castigo futuro. Esse anjo nada mais é do que seres humanos que se colocam ao lado de Deus e querem ser Seus mensageiros aqui neste mundo. Cabe a cada filho

22 de junho de 2012

A Profecia e o Tormento Eterno

Há versos nas Escrituras que sugerem que os perdidos sofrerão um tormento eterno. Este é o lugar onde o princípio de um pouco aqui e um pouco ali, linha sobre linha e preceito sobre preceito é importante (Isaías 28:10). Precisamos pesar um texto com outro para obter o verdadeiro significado quando se estuda uma doutrina bíblica. Os versos que falam de tormento precisam ser equilibrados com os que falam de aniquilação. Você pode perguntar: como alguém pode ser aniquilado, se será atormentado para sempre, a resposta está no significado das palavras gregas e Hebraicas, que nós traduzimos como “sempre”.

A palavra grega “aion / aionios” e seu equivalente hebraico “olam”, são geralmente traduzidas como “para sempre”, mas às vezes são usadas na Bíblia com um sentido não-eterno [1], como a palavra

15 de junho de 2012

A Negação da Divindade como Centro Profético

Como as pessoas estarão iludidas nos últimos dias pelo engano final, a igreja vai cair na grande apostasia prevista por Paulo em suas cartas a Timóteo e aos Tessalonicenses. Já vimos no capítulo um a natureza dessa apostasia, como ela negará a divindade de Cristo e Seu papel como o único mediador, e também sancionará comportamentos ímpios devido a ausência da lei. Vamos agora dar uma olhada nas implicações teológicas da apostasia final.

O Apóstolo Paulo ensinou claramente que aqueles que vivem sem Deus não herdarão o reino de Deus:

14 de junho de 2012

As 2300 Tardes e Manhãs e a Hora do Juízo


No livro do Apocalipse encontramos o anúncio de um juízo. Um juízo universal e de consequências eternas. Um dia Lúcifer disse que estava certo e Deus, errado. O Criador deu-lhe o tempo necessário para provar a validade de suas acusações e para esclarecer qualquer dúvida na mente das criaturas. Mas, finalmente, chega o dia em que todas as acusações e seus resultados devem ser julgados.

No capítulo 14 de Apocalipse, o apóstolo João nos leva a contemplar essa cena crucial do grande conflito entre o bem e o mal. “Vi outro anjo” – diz o profeta – “voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, tribo, língua, e povo.” (Apocalipse 14:6).
Quem é esse anjo e a quem simboliza?
Ao longo de todo o livro do Apocalipse são mencionados muitos anjos. Dessa vez João vê outro anjo. Este “anjo” ou “mensageiro” representa, segundo os comentaristas bíblicos, “os servos de Deus empenhados na tarefa de proclamar o evangelho”.1 Afinal de contas, a missão de pregar o evangelho foi dada por Jesus aos discípulos antes de o Mestre partir.” (Marcos 16:15 e 16). Quer dizer que, hoje, existe neste mundo um povo especial, com uma mensagem especial para ser dada aos moradores da Terra.
→ A mensagem que essas pessoas proclamam é a seguinte: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora de Seu juízo.” (Apocalipse 14:7). Essa mensagem é de suma importância porque é o anúncio do dia do acerto de contas: finalmente chegou a hora do julgamento. Quando o juízo findar, todo o Universo saberá sem sombras de dúvidas quem estava com a razão: Satanás ou Cristo. Lá nos céus, muito tempo atrás, Lúcifer acusou a Deus de ser tirano, arbitrário e cruel. Acusou-O de estabelecer princípios de vida que nenhuma criatura poderia cumprir e, portanto, de não merecer mais adoração nem obediência. Mas agora chegou o momento do veredicto final. A História encarregou-se de acumular as provas. Os livros serão abertos, e o juízo começará.
A Bíblia está cheia de afirmações que confirmam a existência de um juízo para a raça humana. Observe algumas delas:
1. “Porque Deus há-de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” (Eclesiastes 12:14)
2. “Porquanto [Deus] estabeleceu um dia em que há-de julgar o mundo com justiça…” (Atos 17:31)
3. “Porque importa que todos nós compareçamos ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo.” (II Coríntios 5:10)
Mas a grande pergunta é: Quando acontece o juízo? Como saber o tempo exato em que esse julgamento terá início? Se nosso destino eterno está em jogo, não deveríamos preocupar-nos por estudar a profecia a fim de estar preparados para aquele dia?
Dia do juízo
Para compreender as profecias do Apocalipse é preciso conhecer bem o Velho Testamento. Isso porque, no Apocalipse, muitos detalhes proféticos do Velho Testamento cobram sentido. No Apocalipse está o maravilhoso final da história que começa no Génesis. Portanto, para saber quando começa o juízo que o Apocalipse menciona, é preciso rever, na história bíblica, quando se realizava o juízo em Israel, o povo de Deus no Velho Testamento.
Segundo o Mishná, que é a coleção dos escritos judeus, o juízo de Israel começava no primeiro dia do sétimo mês, com a Festa das Trombetas, e terminava no décimo dia, com a Cerimónia da Expiação. Até hoje esse dia é denominado “Yom Kippur”, que significa literalmente “dia do juízo”.2 Nesse dia, cada verdadeiro israelita renovava sua consagração a Deus e confirmava seu arrependimento, ficando, assim, perdoado e limpo. (Levítico 16:30)
Nesse dia, também, o sumo sacerdote de Israel efetuava a limpeza ou purificação do santuário, com sacrifícios de animais. Note agora o que a Bíblia diz a esse respeito: “Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos Céus se purificassem com tais sacrifícios; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém, no mesmo Céu, para compadecer, agora, por nós, diante de Deus.” (Hebreus 9:23 e 24).
Um santuário no Céu e o juízo
Se você analisar com cuidado essa declaração bíblica, chegará à conclusão natural de que existe um Santuário lá nos Céus e que o santuário terreno do povo de Israel era apenas uma figura do verdadeiro que está nos Céus. Bom, se o dia da purificação do santuário de Israel era o dia do juízo para aquele povo, está claro que o dia da purificação do Santuário Celestial será também o dia do juízo da humanidade. Mas quando acontecerá isso? Se descobrirmos essa data, teremos descoberto a data do início do julgamento do planeta em que vivemos. Não é fascinante?
Agora vem algo que surpreende: a Bíblia contém uma profecia quase desconhecida pela humanidade (se você tiver uma Bíblia em casa, é só conferir). Essa profecia esta registrada em Daniel 8:14, e diz assim: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado.” Essa profecia não pode se referir à purificação do santuário de Israel, porque essa purificação era realizada a cada ano. Aqui está falando necessariamente da purificação do Santuário nos Céus. E isto é confirmado pela própria Bíblia (Hebreus 9:25 e 26). Isto quer dizer que, se descobrimos quando termina essa profecia, teremos descoberto o dia da purificação do Santuário Celestial, ou seja, o dia do juízo dos seres humanos.

13 de junho de 2012

Caiu a Grande Babilónia!

Todo o capítulo dezassete do Apocalipse é a descrição do julgamento da Babilónia espiritual. O dezoito mostra a queda total desse poder que tanto mal fez a Deus, Seu povo e Sua Palavra. Mostra a tragédia que esse poder vai enfrentar no futuro. A sua queda já está garantida por Aquele que não falha. “E clamou fortemente com grande voz, dizendo: caiu, caiu a grande Babilónia, e se tornou morada de demónios e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. E ouvi outra voz do céu que dizia: Sai dela povo meu, para que não sejas participantes dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas” (Apocalipse 18:2,4).

Na Bíblia, a igreja é comparada a uma mulher. Uma moça na sua pureza moral representa a igreja de Cristo com toda a pureza de seus ensinos (Jeremias 6:2; II Coríntios 11:2), mas a igreja que perdeu seus objetivos e acabou se unindo ao Estado, tornando-se mais um clube social do que uma igreja é comparada a uma prostituta (Jeremias 3:20; Ezequiel 16).

O profeta João viu a grande influência desse poder, cuja primeira manifestação foi transmitir seus ensinos a todas as partes da terra (Apocalipse 17:2). A segunda característica do poder dessa igreja são os recursos financeiros, pois ela é descrita como estando adornada com muitas jóias e pedras preciosas (17:4). Uma terceira forma de uma instituição mostrar seu poder é quando ela consegue formar seguidores. Essa igreja conseguiu que muitas outras comunidades religiosas aceitassem seus ensinos. Ela é descrita como tendo em sua mão uma taça, e dentro dessa taça estava todo tipo de imundícia. Ela deu de beber a muitas igrejas que se intitulam protestantes ou evangélicas, e conseguiu o título de “mãe das prostituições” (17:5).

Após o anjo ter feito essa descrição, o sentimento que tomou conta do profeta foi uma grande admiração. O anjo o questiona do “por quê” da admiração (17:7), e logo em seguida começa a mostrar as fases pelas quais esse poder passaria. “As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo” (Apocalipse 17:9-10).

“Roma é conhecida como a cidade das sete colinas ou sete montes, os quais são: Aventino, Palatino, Viminal, Quirinal, Ceoli, Janículo e Esquilino. Roma foi construída sobre as sete colinas, no ano 753 a.C” (Vilmar E. González, Daniel e Apocalipse. 3ª ed. 1988, p. 282).

Lembre-se que o profeta fala que a Babilônia espiritual está assentada sobre sete montes (Ap 17:9). Ele está querendo dizer mais do que os nomes das montanhas que cercam a cidade de Roma, onde está a sede da Babilónia espiritual. Montes têm o significado de poder, reinos (Jeremias 51:24-25; Daniel 2:35, 44; Isaías 13:4).

Quando Deus revela que esse poder estaria apoiado sobre sete montes, está mostrando a grandeza e a autoridade que seriam manifestados por esse poder em todos os tempos. Já os sete reis são aceitos como sendo as sete formas de governo que Roma experimentou, que foram: os reis, Cônsules, Ditadores, Tribunos, Decenvirato, Imperadores e Papas.

Nos dias de João, o anjo disse que cinco já haviam caído (Reis, Cônsules, Ditadores, Tribunos e Decenvirato), e um existe (Imperadores), e o outro não é vindo (Papal), e que duraria pouco tempo. Essa expressão “pouco tempo” pode ser entendida que esse último poder terá um tempo determinado. Ele não reinará eternamente. Um dia terá seu fim, um dia a grande Babilónia cairá.
Após João contemplar algumas características da Babilónia espiritual, ele vê um outro anjo, como que vindo do trono de Deus. Dizia algo que aparentemente é impossível de acontecer. Na descrição do profeta, o anjo clamou com grande voz, o que indica que será algo ouvido em todas as partes do mundo, porque a sua atuação foi mundial. Seus ensinos atravessaram os mares, cruzaram continentes e alcançaram os lugares mais longínquos da terra. O seu vinho (doutrinas contrárias à Bíblia) foi a todos os povos da terra (18:3), e Babilónia foi vista em queda pelo profeta.

Essa profecia é uma repetição da que já foi estudada na terceira mensagem apresentada em Apocalipse 14. A profecia aponta que esse poder apóstata caiu. A queda da Babilónia espiritual acontece em dois momentos. O primeiro é quando o “outro anjo” (18:1), descer do céu, e iluminar a terra toda. Se a terra precisa ser iluminada, é sinal que ela está em trevas. O mundo vive na mais densa escuridão, mas há uma profecia que aponta que chegará um dia que a luz vai ser difundida de uma forma muito ampla. A luz chegará a todas as pessoas e cada um terá que escolher: ficar nas trevas ou andar na luz que está sendo apresentada.

A segunda etapa da queda será quando os ímpios entenderem que foram enganados por esse poder apóstata, e não mais lhe darão o seu apoio. É o momento que o rio Eufrates seca. O povo, inclusive, vai se voltar contra os líderes espirituais e familiares (O Grande Conflito. 18ª ed. 1975, pp. 610-611).

Babilónia – a confusão religiosa – cairá. Saia dela enquanto é tempo. (Apocalipse 18:22).

10 de junho de 2012

Babilónia Espiritual Refúgio de Demónios

A etapa final do espiritismo é a destruição! Embora prometendo muitas coisas, em última instância não dá nada. A Carta de Judas descreve os falsos mestres como nuvens vazias que não tem chuva, como árvores infrutíferas e estrelas errantes reservadas para as trevas (Judas 12-13). Se as pessoas soubessem onde a estrada para Endor termina, será que continuariam a viajar por ela? Infelizmente, aqueles que rejeitam a paz de Deus e a verdade um dia serão destruídos, e o seu ouro vai passar a ser ouro de tolos. Quando Cristo voltar, muitas pessoas que fizeram do dinheiro o seu deus irão finalmente perceber que ele é inútil e o lançarão às toupeiras e aos morcegos:
“Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para diante deles se prostrarem” (Isaías 2:20).

O Rei Acazias foi destruído pela bruxaria depois de ter caído acidentalmente no seu palácio (2 Reis 1:2); a sua lesão foi suficiente grave para o pôr em causa se iria ou não sobreviver. Ele enviou mensageiros para consultarem à Baal-Zebube, deus de Ecrom para saber se ele recuperaria. Mas Deus enviou o profeta Elias para dizer que, porque os mensageiros do rei inquiriram a Baal-Zebube, em vez do Senhor (Deus de Israel), ele iria morrer (2 Reis 1:3-4). Não há nenhuma indicação de que o ímpio rei se arrependeu. Ele enviou três escoltas de soldados para tomar Elias, os dois primeiros grupos foram consumidos pelo fogo, e só depois o capitão do terceiro grupo pediu respeitosamente a Elias para ir com ele até ao rei. Mas Elias não mudou a sua mensagem e o rei morreu.

O caso de Balaão Foi triste, uma vez que era um profeta do Senhor (Números 22:9-12), ele foi consumido pela cobiça. Balaão esperava tornar-se rico através da arte da adivinhação, mas acabou morto em combate algum tempo depois (Números 31:8). O seu dinheiro não lhe foi de grande benefício, ele conseguiu o que queria, mas no final morreu com o seu dinheiro.

Quando Israel estava prestes a invadir Canaã, o rei moabita Balaque (juntamente com os seus aliados medianitas) estava com medo por causa do sucesso de Israel na conquista de outras nações através do poder de Deus. Tendo ouvido da reputação de Balaão como um profeta, ele mandou os anciãos convidá-lo para amaldiçoar a Israel na esperança de que isso pudesse parar os israelitas (Números 22:1-7). Ele não entendeu que o poder dos israelitas não tinha origem na magia, mas vinha de um relacionamento com o Deus vivo e da guarda dos Seus mandamentos (Deuteronómio 28:7). Balaão deveria saber disso, mas a perspectiva de uma rica recompensa tentou-o e ele ofereceu-se para pedir ao Senhor sobre isso (Número 22:8). É evidente que o Senhor não amaldiçoou o Seu próprio povo, mas a possibilidade de ficar rico era demais para Balaão. O Senhor disse a Balaão para não amaldiçoar a Israel e os mensageiros voltaram para casa (Números 22:9-14).

Desapontado, Balaque em seguida, enviou príncipes com ofertas maiores na esperança de convencer Balaão, e novamente Balaão perguntou ao Senhor sobre o assunto (Números 22:15-19). Deus já lhe havia dito para não amaldiçoar a Israel, por isso não tinha necessidade de perguntar ao Senhor sobre esse assunto novamente. Deus disse ao profeta só ir se viessem a ele na parte da manhã, o que eles não fizeram (Números 22:20-21). No entanto Balaão estava determinado a conseguir o dinheiro e foi atrás deles de qualquer maneira! Mesmo a intervenção de seu burro a falar com ele não conseguia eliminar a sua ilusão (Números 22:22-33). Quando ele chegou, não tinha autorização para amaldiçoar a Israel, mas era-lhe permitido abençoar sob o controlo do Senhor (Número 22:35, 23:08, 20; 24:10). Humilhado, voltou para casa sem a sua recompensa. Tendo tão ampla evidência de que ele não poderia trabalhar contra Israel, no entanto, voltou e lançou a sua sorte com os inimigos de Israel [1] e do Senhor, onde mais tarde foi morto quando Israel sob a orientação divina atacou os medianitas por sua perfídia. Balaão se tornou uma figura daqueles que amam o dinheiro e abandonam o Senhor (2 Pedro 2:15; Judas 11, Apocalipse 2:14). É interessante notar que o termo Balaão é aplicado para os falsos mestres dos últimos dias, dando uma nova ligação entre a feitiçaria e a cobiça. A queda da antiga cidade da Babilónia, tem algo em comum com a queda de Balaão; ela também está ligada à confiança na feitiçaria e materialismo:

“Mas ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti, apesar da multidão das tuas feitiçarias, e da grande abundância dos teus encantamentos. Porque confiaste na tua maldade e disseste: Ninguém me vê; a tua sabedoria e o teu conhecimento, essas coisas te perverteram; e disseste no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra. Pelo que sobre ti virá o mal de que por encantamentos não saberás livrar-te; e tal destruição cairá sobre ti, que não a poderás afastar; e virá sobre ti de repente tão tempestuosa desolação, que não a poderás conhecer. Deixa-te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias em que te hás fatigado desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura podes inspirar terror. Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora e te salvem os astrólogos, que contemplam os astros, e os que nas luas novas prognosticam o que há de vir sobre ti. Eis que são como restolho; o logo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; pois não é um braseiro com que se aquentar, nem fogo para se sentar junto dele. Assim serão para contigo aqueles com quem te hás fatigado, os que tiveram negócios contigo desde a tua mocidade; andarão vagueando, cada um pelo seu caminho; não haverá quem te salve” (Isaías 47:9-15).

Sabemos que os babilónios dependiam fortemente de seus astrólogos, sábios e encantadores de acordo com o Livro de Daniel (Daniel 2:2). Os babilónios tinham ampla evidência na época de Nabucodonosor que essas coisas eram falsas. Repetidamente Daniel sob o poder do Deus vivo foi capaz de revelar os sonhos e presságios que os sábios eram impotentes para compreender. Nabucodonosor finalmente reconheceu o verdadeiro Deus, mas em anos posteriores seu neto Belsazar convocou uma festa na qual zombavam do Deus vivo, usando as taças retiradas do Templo em Jerusalém para sua festa. Eles louvavam os deuses de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra (Daniel 5:1-4). Pouco tempo depois um presságio apareceu na forma de uma mão escrevendo na parede (Daniel 5:5). Os sábios de Belsazar não podiam interpretar a escrita e Daniel teve que ser chamado. Era uma mensagem de destruição, o rei tinha sido pesado na balança e sido achado em falta, naquela mesma noite ele foi morto pelos invasores persas e seu reino chegou ao fim (Daniel 5:6-30).

A Babilónia caiu porque devia ter pensado melhor, mas preferiram confiar em suas feitiçarias. Eles se concentraram em acumular riquezas, mas de repente em um dia tudo estava perdido e a cidade caiu. De forma semelhante, o Livro do Apocalipse descreve como a Babilónia espiritual será o refúgio de demónios (Apocalipse 18:2) e materialistas (Apocalipse 18:11-14). Ela também cairá de repente (Apocalipse 18:17) tendo sido enganada pela feitiçaria (Apocalipse 18:23). Aqui vemos uma clara ligação entre a cobiça e a feitiçaria, cujo fim é a destruição. Foi a cobiça que levou Judas a trair o seu Senhor, apesar de todos os esforços que Jesus fez para salvá-lo [2] (João 13:12-21). Infelizmente, ele escolheu o dinheiro ao invés de Jesus, mas o seu dinheiro para nada lhe serviu (Mateus 27:5).

Estas coisas foram escritas como aviso para nós (1 Coríntios 10:11), que estamos vivendo nos últimos dias para que possamos observar e ser sensatos. O largo caminho de Endor, embora prometa ouro e prata, termina em destruição, e aqueles que trafegam nessa estrada não são sábios. No livro O Peregrino, Christian passa por uma mina de prata colocada lá para tentar os viajantes do caminho estreito. Aqueles que descem em suas profundezas se perdem enquanto esperam ficar ricos, ou são sufocados pelo ar venenoso. Os poucos que conseguem escapar estão tão sobrecarregados com a prata que não podem terminar a sua viagem à Cidade Celestial! Felizmente, Deus tem uma alternativa e um antídoto para esses enganos que parecem ser tão atraentes.

Referências:
[1] Ellen White, Patriarchs and Prophets, p. 451

[2] Ellen White, Review and Herald, June 14, 1898, paragraphs 6-1

5 de junho de 2012

Um Povo Com Uma Mensagem do Céu

Quando o povo de Israel caiu em adoração a Baal e afastou-se do Deus vivo, o profeta Elias foi enviado para salvá-los. Os adoradores de Baal acreditavam que seu deus lhes havia enviado chuva [1], assim com a palavra de Elias não houve chuva até uma severa seca e fome em massa ocorrer (1 Reis 17:1, 12; 18:5). Isso foi feito para mostrar ao povo que era Deus quem provia a chuva ao invés de Baal, para que eles caíssem em si e evitassem a destruição eterna.

O rei tentou encontrar Elias, mas ninguém sabia onde ele estava (1 Reis 18:10)! Considerou que, se pudesse, livrar-se de Elias, todos os seus problemas teriam fim [2]. Não conseguindo encontrar Elias, a rainha, Jezabel colocou sua ira sobre os profetas do Senhor. No entanto, um servo do rei salvou uma centena deles, escondendo-os em uma caverna (1 Reis 18:13). Posteriormente um confronto final entre Elias e os falsos profetas de Baal ocorreu no Monte Carmelo. Diante de todo o povo Elias propôs um teste, os profetas de Baal chamariam seu deus e ele o Senhor, aquele que respondesse pelo fogo era o verdadeiro Deus (1 Reis 18:21-24). As pessoas tinham estado hesitantes entre duas opiniões e ninguém se atrevia a responder-lhe ou revelar fidelidade ao Senhor [3]. No entanto, elas gostaram da sugestão de um julgamento e assim a cena foi definida. Os profetas de Baal pediram ao seu deus, cantaram, e cortaram-se em um frenesi, mas ninguém lhes respondeu. Quando chegou a vez de Elias, ele fez uma simples oração de fé, e em seguida, desceu fogo do céu e consumiu o sacrifício, assim como o altar! O feitiço sobre o povo estava quebrado e eles reconheceram que o Senhor era o verdadeiro Deus (1 Reis 18:39). Então, Deus enviou a chuva para regar a terra ressequida, agora que o povo se havia arrependido e sido salvo da apostasia (1 Reis 18:44-45).
Nos últimos dias a igreja voltará a cair em uma apostasia envolvendo enganações espíritas. Em seguida, uma mensagem semelhante será dada no espírito e poder de Elias para levar as pessoas de volta a Deus:

“Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Malaquias 4:5).

Só que desta vez os falsos mestres chamarão o fogo do céu, usando poderes demoníacos, assim como curarão os enfermos com o poder de Satanás para enganar as multidões [4] (Apocalipse 13:13-14). Infelizmente, a maioria não vai se arrepender, mas optará por seguir os falsos ensinos da Babilónia espiritual, a igreja caída [5], que é comparada a apóstata Jezabel (Apocalipse 17:5; Jeremias 4:30), irá escolher o vinho místico da Babilónia em vez da pura água da vida que Deus lhe oferece (Apocalipse 14:8, João 7:38). Um remanescente ouvirá a mensagem de Deus para o tempo do fim que é resumida em Apocalipse 14:6-12 e é conhecida como a mensagem dos três anjos. Este será o último convite de misericórdia de Deus antes do fim da provação e do retorno de Cristo. Do capítulo 15 em diante o livro do Apocalipse geralmente lida com os eventos ocorridos após a provação ser encerrada [6].
O fim da provação é um evento semelhante ao que Noé pregou ao povo durante mais de cem anos antes que a porta da misericórdia se fechasse na arca (Génesis 6:3; 7:16). Deus não trará julgamento arbitrário sobre as pessoas. Primeiro, elas têm a oportunidade de se arrependerem e serem salvas, mas Deus não pode permitir que o pecado e o sofrimento durem para sempre, Ele tem que colocar um fim neles.

O coração dos homens nos dias de Noé era corrupto e continuamente a terra estava cheia de violência (Génesis 6:5, 11), as coisas não podiam continuar assim para sempre. Jesus disse que antes d´Ele voltar, as condições na terra seriam similares as do tempo de Noé (Mateus 24:37-39). As pessoas estavam comendo e bebendo e depois repentina destruição veio sobre elas, mostrando que estavam absorvidas em coisas materiais ignorando as advertências do juízo vindouro. Por isso, antes da volta de Jesus, o mundo vai estar absorvido em seus divertimentos, tendo escolhido acreditar no engano final que lhes permitia viver contrários aos mandamentos de Deus.

A coisa interessante sobre a mensagem dos três anjos é que ela é o antídoto perfeito para o engano espírita do tempo do fim:

Este é o antídoto perfeito, pois contraria os princípios básicos da mensagem falsa. A mensagem falsa nega a lei, o pecado, o julgamento e a salvação somente em Jesus, a verdadeira afirma estas coisas. Se não houvesse lei, não haveria pecado (Romanos 5:13), portanto não haveria julgamento e não haveria necessidade de um Salvador. A doutrina da ausência da lei atinge o cerne da expiação e é uma negação de Jesus. Uma pessoa não pode se arrepender se não há nada do que se arrepender. Quando vier o engano, o seu antídoto também estará disponível para aqueles que irão usufruir dos seus benefícios. Desta vez será a confiança na Palavra de Deus que irá salvar as pessoas ao invés de uma demonstração de poder, porque haverá muitos falsos milagres e falsos sinais acontecendo.

Sempre que Deus faz alguma coisa, Satanás tem uma contrafacção [7]. Como Deus tem Seus três mensageiros angelicais (Apocalipse 14:6-12), Satanás também tem três mensageiros demoníacos (Apocalipse 16:13-14). Deus tem um trono e é adorado no céu (Apocalipse 4:9-11; 5:13-14); Satanás também tem um trono e é adorado na terra (Apocalipse 2:13, 13:4). Como Deus é uma Trindade de três pessoas (Apocalipse 1:4-8, Mateus 28:19); Satanás também tem a sua falsa trindade: o Dragão, a Besta e o Falso Profeta (Apocalipse 16:13). Lado a lado as pessoas serão capazes de ver a realidade e a contrafacção e escolher de que lado ficar. O mundo inteiro será levado para um dos dois campos, tanto para o culto à imagem da besta (Apocalipse 13:15), como para ser fiel ao Senhor e à Seus mandamentos (Apocalipse 14:12).

Em certa ocasião, quando Israel estava no deserto, tornou-se seu campo infestado de cobras venenosas, como resultado de sua murmuração contra Deus (Número 21:5-6). No entanto, Deus deu-lhes uma cura, uma serpente de bronze em um poste para que qualquer pessoa que olhasse para ela vivesse (Números 21:7-9). Ao falar a Nicodemos, Jesus usou isso como ilustração de sua própria missão (João 3:14-15). A serpente de bronze era um símbolo de Cristo, todos os que olham para Ele com fé podem ser curados da mordida de cobra do pecado. É interessante que antídotos para picadas de cobra são geralmente feitos a partir do veneno. Somente tomando sobre si os pecados do mundo, Jesus poderia prover uma solução para salvar os pecadores (2 Coríntios 5:21, 1 Pedro 2:24).

Vamos dar uma olhada nos ingredientes desse antídoto em Apocalipse 14:
“E vi outro anjo voando pelo meio do céu, e tinha um evangelho eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo” (Apocalipse 14:6).

O evangelho eterno, tal como apresentado por Jesus e os apóstolos será pregado em sua pureza em