22 de fevereiro de 2012

Os Estados Unidos no Contexto do Apocalipse


Como entender o enorme poder e influência do papado no mundo contemporâneo, o que é uma prova de que já estamos vivendo na segunda fase de sua supremacia. No entanto, o que temos visto até agora é somente a ponta do iceberg, pois os seus planos vão muito além do que imaginamos. A seguinte declaração, feita pouco antes da queda do comunismo pelo ex-sacerdote jesuíta Malachi Martin, nos mostra isso:
“Voluntária ou involuntariamente, prontos ou não, todos estamos envolvidos numa tripla competição global, sem exageros… A competição serve para ver quem estabelecerá o primeiro sistema mundial de governo, que dominará todas nações…”.
“Aqueles de nós que temos menos de 70 anos veremos instaladas pelo menos as estruturas básicas do novo governo mundial. Os que têm menos de 40 anos, com certeza, viverão sob sua autoridade e controle legislativo e judicial…”.
“Este poder possuirá toda a autoridade, detendo o dobro da autoridade e controle sobre cada um de nós como indivíduos e sobre todos como uma comunidade; sobre os seis bilhões de habitantes que os demógrafos prevêem que haverá neste planeta no início do terceiro milénio…”
“Não é exagero dizer que o propósito do pontificado é ser o vencedor desta competição que já está acontecendo”..[a]
Malachi Martin garantiu há mais de uma década que uma Nova Ordem Mundial será instituída em nossos dias. Segundo seu ponto de vista, os mais fortes candidatos para obter o controle mundial soa: o papado, representado por João Paulo II; o comunismo, representado por Mikhail Gorbatchev e o Ocidente capitalista, representado pelos Estados Unidos.[b]
Em 1989, vimos com assombro como os Estados Unidos e o Vaticano fizeram uma “Santa Aliança” para destruir o poder comunista. Em consequência disso, o terceiro competidor havia sido eliminado, ficando somente estas duas “superpotências”.[c]
Qual das duas conseguirá impor a Nova Ordem Mundial? O que a Bíblia diz a respeito?
“E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada” (Ap 13.11-12)
Essa passagem nos assegura que a primeira besta, cuja ferida mortal foi sarada, será adorada pelos habitantes do mundo inteiro, o que nos permite concluir que será o papado que finalmente governará na Nova Ordem Mundial. [d] Como esse poder será conquistado? A profecia diz que isso não será feito solitariamente; existe outra nação igualmente poderosa que a apoia e sustenta. Quem a besta representa? Para essa identificação, faremos uma relação das suas principais características:
É um reino: Assim como a besta de sete cabeças e dez chifres, essa besta deve representar um reino [e]
Surgiu em uma região distante da Europa: Essa besta não surgiu do mar como as outras, o que é um claro indício de que não é uma nação europeia.
Surgiu de forma pacífica: Ao falar do surgimento da besta, a Bíblia não menciona mares tormentosos ou ventos tempestuosos como símbolos das conquistas. Pelo contrário, tanto sua aparência como o modo com que se
levantou difere grandemente das bestas que já estudamos. Ela se apresenta com características tomadas de um cordeiro, animal que se destaca pela sua mansidão e humildade. Deduzimos, portanto, que diferentemente das demais, essa nação não surgiu como resultado de revoluções, guerras ou conquistas.
Surgiu em uma região praticamente despovoada: Essa besta não surgiu do mar, mas “da terra”. Se levarmos em consideração que o mar representa “povos, multidões, nações, e línguas”[f] e que a terra é um local onde há poucas águas, podemos concluir que esse reino foi erguido em uma região que, até então, se encontrava despovoado.
O território onde essa nação se levantou serviu de refúgio para os perseguidos da Idade Média: O capítulo 12 do Apocalipse nos apresenta a perseguição que os filhos fiéis de Deus tiveram de suportar durante os obscuros anos da Idade Média, com as seguintes palavras: “E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar”.[g]
Aqui, o dragão representa Satanás atuando através de Roma; [h] a mulher representa a igreja fiel;[i] tempo, e tempos, e metade de um tempo é o mesmo que os 1260 anos da supremacia papal;[j] e a água simboliza a multidão dos povos que se levantaram para perseguir.[k] Em outras palavras, essa passagem representa a perseguição a que foi submetida à Igreja fiel durante a primeira fase do papado. O que acontecerá depois? Vejamos: “E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca”[l] A terra (a região despovoada da qual falamos no tópico anterior) ajudou a mulher! Portanto, o mesmo território do qual se levanta a nação representada pela besta de dois chifres, serviu de refúgio aos protestantes que fugiam da perseguição religiosa do papado na Europa.
Era uma nação jovem em 1798: Essa besta tem chifres como um cordeiro. Chamamos de cordeiro a um macho de ovelha que está iniciando sua juventude.[m] João viu essa besta subir da terra bem depois que a primeira recebeu sua ferida mortal,[n] o que significa que, no mesmo instante que o papado sucumbia, a nação aqui representada encontrava-se crescendo e fortalecendo-se.
É uma nação com liberdade civil e religiosa: “Tinha dois chifres tal como um cordeiro…” Quando estudamos Daniel 8 vemos que ali também aparece uma besta com dois chifres. Ali, a besta é um carneiro e os seus chifres representam os medos e os persas que se uniram para formar o Império Medo-persa.[o] Baseado no que foi dito anteriormente, poderíamos concluir que os dois chifres da besta que sobe da terra simbolizariam duas nações que se unem com o objetivo de formar um grande império. Sem dúvida, o Apocalipse revela que neste caso a regra não pode ser aplicada. Antes de qualquer coisa, os dois chifres são semelhantes aos chifres do cordeiro. Apocalipse 5.6 nos diz que o cordeiro que foi imolado tem sete chifres. É evidente que, neste ponto, o cordeiro não simboliza um reino, mas o símbolo de Jesus.[p] Samuel 2.10 falando sobre ele, disse: “SENHOR… dará força ao seu rei, e exaltará o chifre do seu ungido”.[q] A palavra chifre, aqui utilizada, é símbolo do poder e majestade de Jesus. Sete chifres indicariam a plenitude e magnificência desse poder.
Os dois chifres semelhantes aos do cordeiro devem representar os dois princípios referentes ao governo que Jesus Cristo ensinou quando esteve na terra, que são: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.[r] Em outras palavras, os assuntos da Igreja não devem se misturar com os assuntos do Estado. Estes dois chifres devem representar um governo cujos fundamentos sejam a liberdade civil e a liberdade religiosa.
Tornou-se potência durante a segunda fase do papado: “E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada”. Essa passagem indica que esse poder deve exercer sua autoridade na presença do papado depois de sua ressurreição em 1929. Essa nação deve ser muito importante nos dias atuais!
Essa nação tem excelentes relações diplomáticas com o Vaticano: Essa nação fará com que todos os países do mundo adorem ao papado. Para tanto, essa nação deve ter excelentes relações diplomáticas com o Vaticano.
Essa nação tem poder sobre as demais nações do mundo: Apocalipse 13.12 diz: “E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença…”. Depois de seu pacífico surgimento, essa nação teve de mudar seu caráter manso que a caracterizava desde seu surgimento e se consolidou como a maior e mais influente potência do mundo.
Para identificar esse poder, façamos um breve retrospecto das características citadas anteriormente. É um reino ou uma nação. Surgiu em uma região distante da Europa. Surgiu de forma pacífica sem necessidade de lutar contra outras nações. Ergueu-se em uma região onde havia poucos habitantes. Serviu de refúgio aos protestantes que fugiram da perseguição religiosa do papado na Europa. Consolidou-se como uma nação de princípios cristãos, que concedeu liberdade religiosa e civil a todos os seus habitantes. Em 1798, estava em processo de desenvolvimento e impôs sua supremacia após 1929, durante a segunda fase do papado. Possui excelentes relações com o Vaticano e tem, atualmente, grande influência e poder sobre todas as nações do mundo.
“Uma nação, e somente uma, corresponde aos requisitos de datas e características desta profecia; na há dúvida de que se trata dos Estados Unidos da América”.[s] (A fotografia mostra o Capitólio, nos Estados Unidos).
Desde o início de sua história, o território dos Estados Unidos era habitado somente por pequenos grupos de indígenas e caçadores nómadas. Permaneceu nesta condição até que no século XVI, vários navegantes franceses, ingleses e espanhóis começaram a povoá-la.[t]
Em 1620, um grupo de puritanos ingleses conhecidos como “pais peregrinos” chegaram a bordo do Mayflower e fundaram a Nova Inglaterra. [u]
A partir de então, a América se converteu em refúgio e baluarte daqueles que eram perseguidos por questões de fé na Europa. No ano de 1642, dezasseis mil pessoas migraram para essa região.
Deram ao país o nome de Estados Unidos da América na proclamação da independência em 4 de julho de 1776.[v] Seu primeiro presidente, George Washington, subiu ao cargo em 4 de março de 1789 (mesmo ano em que a Assembleia Constituinte Francesa determinou o rompimento com o papado através da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão).[w]
Estabeleceram um governo fundamentado na liberdade civil e religiosa. Estas convicções foram recepcionadas pela Declaração de Independência dos Estados Unidos e permanecem na Constituição como princípios fundamentais da nação. [x]
A expansão territorial dos Estados Unidos ocorreu rapidamente. Em 1803, compraram da França o território da Louisiana; em 1819, compraram a Flórida da Espanha; em 1846, anexaram o Texas, Novo México e a Califórnia e, em 1848, adquiriram o território do Oregon mediante um acordo com o Canadá.[y]
O poder político e militar desta nação foi demonstrado em 1917 através de sua bem sucedida intervenção na Primeira Guerra Mundial a favor dos Aliados. Em 1941, sua participação na Segunda Guerra Mundial foi decisiva na derrota de Hitler e para barrar as pretensões expansionistas do Japão, com o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. A influência estadunidense na política mundial refletiu-se no pós-guerra com a formação da ONU (Organização das Nações Unidas), com a Guerra Fria com a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), com a formação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e com a Guerra da Coréia.[z] De um modo geral, desde então, os Estados Unidos intervieram em todas as questões políticas e económicas do mundo[aa]
Desde o início de sua história, foi um país protestante e carregou um profundo sentimento anticatólico por causa dos maus tratos que os seus antepassados receberam na Europa. Com o passar do tempo, as suspeitas e
rancores foram desaparecendo até que na década de 80, o presidente Ronald Reagan fez alterações na legislação para que os Estados Unidos pudessem estabelecer relações diplomáticas com a Santa Sé.[bb] Entre 1981 e 1982, o presidente Reagan e João Paulo II trocaram correspondências secretas sobre os acordos armamentistas entre os soviéticos e os Estados Unidos. Reagan instruiu o diretor da CIA William Casey que fornecesse ao Papa informações secretas que seriam utilizadas na derrota do comunismo, que finalmente ocorreu em 25 de dezembro de 1991 com a retirada da bandeira vermelha da cúpula verde do Kremlin.[cc] Os Estados Unidos passavam a ser o país mais poderoso do planeta.[dd]
Como podemos ver, não há dúvida sobre a identidade da segunda besta de Apocalipse 13. As características fornecidas na profecia revelam os Estados Unidos como o país que comandará a entrega do poder mundial ao Vaticano. No capítulo seguinte estudaremos como isso acontecerá.
Notas de Rodapé
[a] Malachi Martin, The Keys of This Blood¾ A Struggle for World Dominion between Pope John Paul II, Mikhail Gorbachev and the Capitalist West (Las Llaves de Esta Sangre: Una lucha por el dominio mundial entre Juan Pablo II, Mijaíl Gorbachov y el Occidente capitalista), págs. 15-17.
[b] Ibid.
[c] Carl Bernstein y Marco Politi, Su Santidad, Contraportada, Editorial Norma.
[d] Elena G. de White, Maranata, pág. 192.
[e] Daniel 7:23.
[f] Apocalipsis 17:15; Isaías 17:12.
[g] Apocalipsis 12:13-15.
[h] Apocalipsis 12:9.
[i] Apocalipsis 19:7-8; Efesios 5:25-27.
[j] Véase explicación de este punto en el artículo “4.b. Cuerno pequeño” del capítulo 4.
[k] Apocalipsis 17:15.
[l] Apocalipsis 12:16.
[m] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Cordero, pág. 398.
[n] Apocalipsis 13:10,11.
[o] Daniel 8:3,20. Véase también el capítulo 3 de este libro.
[p] Juan 1:29.
[q] Traducción literal del texto hebreo según la versión Reina Valera Antigua (1909).
[r] Lucas 20:25.
[s] Declaración de Elena G. de White en 1888, El Conflicto de los Siglos, pág. 493.
[t] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Estados Unidos de América, pág. 562.
[u] Id. pág. 563.
[v] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282.
[w] Ibid.
[x] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 494.
[y] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282.
[z] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Estados Unidos de América, pág. 563.
[aa] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282.
[bb] Carl Bernstein y Marco Politi, Su Santidad, págs. 280,281, Editorial Norma.
[cc] Id. Págs. 380, 381, 515.
[dd] Periódico El Tiempo, domingo 12 de julio de 1998. Pág. 11-B, Colom
“Jehová falou a Moisés e lhe disse: «Fala aos filhos de Israel e diles que se façam umas franjas nos bordes de seus vestidos, por suas gerações; e ponham em cada franja dos bordes um cordão de azul. Levareis essas franjas para que quando o vejais vos lembreis de todos os mandamentos de Jeová… Assim vos lembrareis e cumprireis todos meus mandamentos, para que sejais santos ante vosso Deus” (Números 15:37-40).
A razão de que o cordão azul recorde a observância de todos os mandamentos de Jeová, e que este fosse o meio ordenado por Deus para sujeitar o seu Nome, é uma clara explicação de que a maneira em que os filhos fiéis de Deus no tempo do fim terão “o nome de Jesus e o de seu Pai escrito na sua frente”, é mediante a observância de todos os mandamentos de Deus. Jesus Cristo ensinou esta mesma verdade quando fez a promessa de enviar o Espírito Santo sobre seus discípulos:
“O que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e o que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele… O que me ama, minha palavra guardará; e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos morada com ele” (João 14:21,23).
Tendo esta base, leiamos de novo a passagem que fala a respeito dos 144.000 junto com a confirmação dada pelo verso 14 do mesmo capítulo:
“Depois olhei, e vi que o Cordeiro estava de pé sobre o monte Sião, e com ele cento quarenta e quatro mil que tinham o nome dele e o de seu Pai escrito na testa… Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesús” (Apocalipse 14:1,14).
Tendo já claro que a obediência aos mandamentos de Deus mediante a fé, é o que constitui a essência do selo de Deus, e que este é contrário à marca da primeira besta, podemos concluir, então, que a marca da besta deve representar a obediência e submissão ao papado, demonstrados na observância das suas leis, mandamentos e decretos. Mas quais serão esses mandamentos? Ao comparar os dez mandamentos tal como aparecem na Bíblia (Êxodo 20:3-17), com os que aparecem no catecismo católico, podemos ver que, em essência, só o mandamento, “lembra-te do sábado para santifica-lo”, poderia chegar a ser o ponto focal do conflito, pois os demais mandamentos: “Não terás deuses alheios adiante de mim”, “Não te farás, nem adorarás imagens”, “Não tomarás o nome de teu Deus em vão”, “Honra a teu pai e a tua mãe”, “Não matarás”, “Não cometerás adultério”, “Não furtarás”, “Não dirás falso testemunho” e “Não cobiçarás”, permanecem, de uma ou outra maneira, sem maiores mudanças (veja-se o seguinte quadro).
Observe que em termos gerais, tanto os que receberão a marca da besta, como os que receberão o selo de Deus, professarão guardar os Dez mandamentos, mas a diferença principal entre os dois será a observância do sábado ou do domingo. Vale a pena recordar que no domingo não tem sua origem nas Santas Escrituras senão no culto ao deus sol e que a mesma Igreja Católica reconhece ter feito a mudança..[f]
A observância de um dia ou outro determinará a quem se lhe estará rendendo obediência, se a Deus e sua Palavra, ou ao papa e a sua tradição.

Tem os adventistas alguma prova que confirme que a controvérsia do conflito final tem relação especificamente com a observância de um dia de repouso? ¡Claro que sim! Compare você mesmo as seguintes passagens:
“No meio do céu vi voar outro anjo que tinha o evangelho eterno… Dizia a grande voz: «¡Temei a Deus e dai-lhe glória, porque a hora de seu juízo chegou. Adorai àquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas!…
“E um terceiro anjo os seguiu, dizendo a grande voz: «Se alguém adora à besta e a sua imagem e recebe a marca em sua fronte ou em sua mão, ele também beberá do vinho da ira de Deus…” (Apocalipse 14:6-10).
A mesma fonte da profecia revela que o ponto focal será a adoração e a quem está dirigida. Os que adoram a Deus o reconhecem como “aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas” e o demonstrarão mediante a fiel observância do sábado, pois esta passagem é justamente uma citação inspirada no quarto mandamento da Lei de Deus (compare com Êxodo 20:11). Se o ponto de controvérsia com respeito à verdadeira adoração estará centrado no assunto do sábado não é lógico concluir, então, que a adoração ao papado tenha relação direta com a observância do domingo? não é, pois, o falso dia de repouso, o sinal ou marca da autoridade da igreja romana, “a marca da besta”?.[g]
Quero deixar claro que ainda que o assunto do dia de repouso será o centro da controvérsia, não creio que o dia de repouso em si é o que tem maior importância. Deus sempre se valeu de coisas simples para provar a obediência de seus filhos. Recorda o caso de Adão e Eva? Ali por exemplo, a prova que decidiu o destino da humanidade, não consistiu em terríveis e irresistíveis tentações, peregrinações longínquas ou metas difíceis de atingir. A prova consistiu simplesmente em tomar ou não, do fruto que Deus tinha proibido.[h] Agora faço a pergunta era o fruto o mais importante? ¡Claro que não!, o que estava em prova era a obediência, o fruto foi tão só o meio utilizado por Deus para saber se o homem lhe era fiel ou não. A Bíblia diz “O que é fiel no muito pouco, também no mais é fiel; e o que no muito pouco é injusto, também no mais é injusto”,[i] todo aquele que por amor a Deus obedeça este mandamento, que a minha maneira de ver é o menor da Lei, estará guardando perfeitamente os demais mandamentos do Senhor, incluindo ainda os que não aparecem registrados no decálogo. A observância do sábado ou no domingo simplesmente será um sinal mediante a qual se poderá saber quem está morando no coração de cada indivíduo: se Jesu Cristo ou o inimigo de Deus.[j]
Tendo claro que a marca da besta é a fiel obediência ao Papa, já seja em pensamentos ou em ações (marca na testa ou na mão), e que no domingo se constituirá na mais significativa prova de submissão a sua vontade, podemos retomar a análise que vínhamos fazendo a respeito do papel que os Estados Unidos representarão na imposição da autoridade papal:
“E fazia que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, se lhes pusesse uma marca na mão direita ou na testa, e que nenhum pudesse comprar nem vender, senão o que tivesse a marca ou o nome da besta ou o número de seu nome” (Apocalipse 13:16,17).
A profecia assegura que todos se verão afetados: pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, religiosos e cépticos, não importará o status social ou a solvência económica. Os que se neguem a receber a marca perderão o privilégio de comprar e de vender, se lhes retirará seu sustento e se verão em terríveis dificuldades para sobreviver. Alguns serão perseguidos e encarcerados, e outros serão enviados à pena de morte (vers. 15). Cenas tão terríveis, como as que o mundo contemplou em tempos das Cruzadas e a Inquisição, finalmente se repetirão graças ao interesse do país norte-americano de entregar a autoridade do mundo ao papado, mediante a imposição do domingo como dia obrigatório de descanso. O fato de que a profecia diga que esta nação utilizará seu poder civil para implementar leis de origem religiosa é um indício de que a parede de separação entre a Igreja e o Estado, que a grande nação norte-americana defendeu desde sua proclamação de Independência, será finalmente derrubada por alguma lei de caráter especial ou alguma emenda Constitucional.[k]
Conclusões:
O seguinte resumo ajudará a clarear na mente do leitor os pontos principais do presente tema:
- Segundo o ex-sacerdote jesuíta Malachi Martin, o pontificado está lutando desde á vários anos por estabelecer o primeiro sistema mundial de governo que já tenha existido sobre todas as nações.
- Dos três competidores que existiam: O Vaticano, Estados Unidos e a Rússia, só ficaram os dois primeiros; pois com a “Santa Aliança” que fizeram JOÃO PAULO II e Ronald Reagan, veio-se abaixo o gigante soviético.
- O Vaticano e Estados Unidos aparecem em Apocalipse 13 representados pela besta de sete cabeças e dez chifres e a besta semelhante a um cordeiro, respectivamente.
- A profecia assegura que o Vaticano governará o Novo Ordem Mundial e que os Estados Unidos serão os primeiros em ajudá-lo a atingir esse propósito.
- Os Estados Unidos logo falará como Dragão, ao impor alguma lei que atrairá a perseguição sobre os filhos fiéis de Deus ao redor de todo mundo.
- O fato de que a segunda besta faça “descer fogo do céu” significa que a nação Americana afirmará falar no nome de Deus e que grandes sinais de índole sobrenatural aparecerão para apoiar essa pretensão. ¡O mundo inteiro crerá que Estados Unidos estará cumprindo os desígnios divinos quando ordene entregar-lhe o poder ao papado! Por esta razão se lhe chama também, “o falso profeta”.
- A imagem da besta será um sistema opressivo mundial que se levantará como resultado da união ilícita das Igrejas protestantes caídas e o governo dos Estados Unidos.
- A marca da primeira besta consiste na obediência aos mandamentos do papado, em especial, a observância do domingo, dia que não tem origem no cristianismo, senão na adoração do deus sol.
- Ainda ninguém recebeu a marca da besta. A marca só existirá quando os Estados Unidos, negando os princípios de sua Constituição, imponham a observância do domingo mediante leis restritivas e persecutórias.
- Enquanto os seguidores do papado recebem a marca da besta, o povo remanente receberá o selo de Deus.
- O selo de Deus será colocado só sobre aqueles que amam a Jesus e a seu Pai sobre todas as coisas, demonstrando-o com uma vida limpa de pecado e a obediência voluntária de todos os mandamentos, incluindo o sábado.
Notas de Rodapé
[a] Apocalipses 17:15.
[b] Apocalipsis 19:7-8; Efesios 5:25-27.
[c] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 495.
[d] Véase “La caída de la Iglesia” en el capítulo 5.
[e] Alguns viram no número mencionado nesta passagem (144.000) a quantidade real de isentados no tempo do fim. No entanto , é necessário ter em conta que este número se encontra incluído no meio de um contexto mais simbólico do que literal. Apocalipse 7:4-8 explica que este número é produto de multiplicar o número de tribos do povo de Israel (12), com a quantidade de indivíduos que conformam cada tribo (12.000). No antigo Israel se utilizava a palavra hebréia aleph (¹a), que literalmente significa “mil” ou “milhar” (Números 1:16, 10:4), para referir-se a uma família (Juízes 6:15, 1 Samuel 23:23). O que esta passagem nos apresenta é um conjunto de doze famílias de crentes por cada uma das doze tribos de Israel.
O número doze sempre foi utilizado como distintivo do povo fiel de Deus. Doze foram os apóstolos de Jesús (Mateo 10:2), quem foram constituídos como fundamento da grande família de Deus que é sua Igreja (Efesios 2:20,19). O Novo Testamento é claro ao afirmar que o Israel ao qual se refere o Apocalipse não está composto exclusivamente por descendentes diretos de Jacob senão também pelos gentis, quem fomos feitos judeus graças à promessa feita a Abraão e à reconciliação realizada por nosso Senhor Jesu Cristo (Efesios 2:12-14, Romanos 2:28,29, Romanos 9:6,8,25). Os 144.000 são, então, a grande família de Deus composta por todos aqueles que reconheceram a Jesús como seu Mesías e que por amor a ele e a seu pai, guardam os mandamentos (ver Apocalipses 14:12).
[f] Véase las últimas páginas del capítulo “De la luz a las tinieblas”.
[g] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 501; Maranata, pág. 162.
[h] Génesis 2: 16,17.
[i] Lucas 16:10.
[j] Ezequiel 20:18-20.
[k] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 663.

Continua

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