2 de dezembro de 2010

A TERCEIRA TROMBETA DO APOCALIPSE

1. Qual deve ser a principal característica do fiel no tempo da terceira trombeta?
Rª: “É necessário que o cristão ajunte paciência à temperança. Será necessário ter firmeza de princípios e de propósito para não ofender em palavra ou acção nem a nossa consciência nem os sentimentos dos outros. Importa alçar-se acima dos costumes do mundo de modo a suportar censura, decepção, perdas, cruzes, sem murmuração, mas com dignidade e sem uma queixa. ... Um homem ou uma mulher irritável, de má índole, não sabe realmente o que seja ser feliz. Todo cálice que leva aos lábios parece amargo como o absinto, e seu caminho parece coberto de rudes pedras, de urzes e espinhos; mas ele precisa acrescentar à temperança a paciência, e não verá nem sentirá as desconsiderações.” Nossa Alta Vocação, 5 de Março de 1962

2. Que acontece quando o anjo toca a terceira trombeta?
“O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. O nome da estrela era Absinto; e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas.” Apocalipse 8:10,11.
Nota explicativa: Vamos dar algum realce ao termo “absinto”, ou “absíntio” é uma planta amarga, que produz um sumo (suco) venenoso. A “estrela” chamada Absinto, encontrada nesta trombeta, tal como o fogo da primeira trombeta, “caiu do céu”. Em Job 38:7, anjos são identificados como estrelas. O anjo do “Absinto” é um anjo amargo e venenoso. Em S. Lucas 10:18, Jesus falou de Satanás como estando a cair do Céu. Apocalipse 12:7 a 9 indica que Jesus – na passagem com o nome de Miguel – expulsou Satanás do Céu. Podemos crer, pois, que a estrela Absinto da terceira trombeta é Satanás, caído do Céu.

3. Qual é a parte atingida por esta “estrela”?
Rª: “caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas” (v.10). cai sobre tudo o que é suposto ser fonte de luz e vida e atinge de tal modo que os transforma em escuridão e morte. Curiosamente, este processo de decomposição tem inicio na estrela, contrariamente à sequencia habitual do sol, lua e estrelas (Génesis 1:16). Esta anomalia traduz a intenção do autor (João) de realçar a importância da estrela em relação aos outros astros. É a estrela a origem de todas as catástrofes.

4. Qual é neste texto a outra relevância que chama a nossa atenção?
Rª: A “estrela” surge no singular. A palavra “estrela” raramente surge na forma do singular na Bíblia, o frequente e normal é a forma do plural especialmente quando associada ao sol e à lua. Uma vez mais o autor chama a nossa atenção sobre a “estrela”no singular. Ora, na Bíblia, seja no Antigo como no Novo Testamento, este uso excepcional aplica-se ao Messias.
Nota explicativa: Na profecia de Balaão, a estrela designa o Rei Messias chamado a salvar Israel dos seus inimigos (Números 24:17). No Novo Testamento, a estrela representa Jesus Cristo (Mateus 2:2; cf. Apocalipse 2:28; 22:16). A única passagem onde a palavra “estrela” está no singular e que não designa o Messias encontra-se no livro do profeta Isaías, onde ela se aplica ao anjo do mal Lúcifer, personificando o poder de Babilónia (Isaías 14:12).

5. Qual é a pretensão desta estrela do mal?
Rª: 1 Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma.
2 E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram.
3 Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa.
4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
7 Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro.
8 Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
9 Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra. Génesis 11:
Nota explicativa: O que pretendia era “tocar o céu” (v. 4), elevar-se até Deus para tomar o Seu lugar, o que teve como consequência ter sido lançado no “abismo”. Lei Isaías 14:12-15. o texto revela que esta pretensão de tomar o trono de Deus teve como consequência a “estrela” ser precipitada no “Seol, ao mais profundo do abismo”. (v. Isaías 14:15).

6. Refere-se o texto de Apocalipse (8:10,11) a este esclarecimento dado pelo profeta Isaías?
Rª: Aqui é encontrado o mesmo motivo da queda da estrela; poder usurpador. Só a estrela que foi lançada sobre a Terra toma a dinâmica e lugar na história da Igreja. O profeta Daniel teve a intuição disso na sua visão do pequeno chifre que pretendia elevar-se “e se engrandeceu até o exército do céu; e lançou por terra algumas das estrelas desse exército, e as pisou. Sim, ele se engrandeceu até o príncipe do exército; e lhe tirou o holocausto contínuo, e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo.” Daniel 8:10,11.
Nota explicativa: Tanto no Apocalipse, como no livro de Isaías, a queda desta estrela está associada à morte. Em Isaías, ela se identifica claramente com o lugar dos mortos. Em Apocalipse, ela arrasta a poluição sobre os rios e as fontes das águas, e por consequência a morte de “muitos homens”(Apoc. 8:10,11), seja pela sede, seja por envenenamento. Na linguagem figurada do Apocalipse, as Escrituras inspiradas, os ribeiros e as fontes das águas representam a alimentação espiritual (Deut. 8:7,8; Sal. 36:8,9; Jer. 17:8,13). Por outro lado, a identificação da estrela ao absinto lembra a experiencia dos Israelitas em Mara (Êxodo 15:23). Os motivos convergem sobre um tema comum a amargura que a Bíblia associa geralmente ao pecado da apostasia (Deut. 29:17,18; Jer. 9:15; 23:15). O povo morre de sede, porque a água não é potável. A verdade é poluída e não pode consequentemente vivificar o crente.

Conclusão: este é um assunto apaixonante, convido a ver o Power Point que preparamos ele completará o estudo e dará uma visão mais abrangente. Um abraço em Cristo. (CLICAR)
José Carlos Costa, Pastor

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