5 de novembro de 2010

JÁ TERÁ PASSADO O SEU NOME PELO JUÍZO?

Existe uma citação de Ellen White que tem causado desnecessária angústia em muitos adventistas. Ela diz o seguinte:
"O juízo ora se realiza no Santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame." (O Grande Conflito, 490).
A interpretação mais popular dessa passagem, usada principalmente pelos "Adventistas de uma citação" em sermões é a seguinte: "Irmãos, segundo o Espírito de Profecia, a sua vida pode estar a passar pelo juízo HOJE mesmo! Você pode estar a ser pesado e achado em falta neste momento!"
Com certeza você já ouviu muito isso em sermões. Mas será que Ellen White pretendia dizer que a qualquer momento o juízo passará para o caso dos vivos? Como entender essa passagem?
Vamos começar por um breve estudo do juízo pré-Advento na Bíblia.
O que diz a Bíblia sobre o juízo pré-Advento?
A Bíblia não trata diretamente sobre a questão do juízo pré-Advento dos vivos. Mas podemos inferir de várias passagens quando e como ele ocorrerá. Ela afirma que todos, vivos e mortos, crentes e descrentes, passarão por um juízo: "Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?" (1 Ped. 4:17; cf. Dan. 7:9-14, 22; Atos 17:31; Apo. 21:27; 20:11).
A ideia de um juízo pré-Advento, portanto, não é uma doutrina "adventista", ela é bíblica. Apocalipse 22:10-12 revela que imediatamente antes do fim, Jesus declarará este juízo concluído e que a graça acabou: "Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo. Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda. Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra."
Apocalipse 15 também revela que o juízo pré-Advento dos vivos e dos mortos, o fim da graça e da intercessão de Cristo no Santuário celestial ocorrerão pouco antes das sete pragas serem derramadas: "Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira do Deus que vive pelos séculos dos séculos. E o Santuário se encheu de fumaça pela glória de Deus e pelo seu poder; e ninguém podia entrar no Santuário, enquanto não se consumassem as sete pragas dos sete anjos." (Apo. 15:7-8).
A presença da fumaça no Santuário celestial é uma alusão ao que aconteceu várias vezes no Santuário terrestre. Cito aqui a dedicação do templo de Salomão: "então se encheu duma nuvem a casa, a saber, a casa do Senhor, de modo que os sacerdotes não podiam ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus." (2 Crón. 5:13-14; cf. Êxo. 40:34-35). A presença de Deus ali indicava a ausência de pecados neste, o templo ainda não fora usado para sacrifícios.
Assim será também no Santuário celestial, pois o juízo pré-Advento implica na remoção de pecados e purificação. Quando o Santuário celestial se enche de fumaça antes das sete pragas, isso indica a total purificação deste e o fim do ministério intercessório de Jesus bem como a conclusão do juízo pré-Advento.
Ellen White expande essa visão do Santuário celestial de Apo. 15 ao dizer que:
"Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar no Santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus santo. ... Deixando Ele o Santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra..." (GC 425, 614).
"Quando a obra de investigação se encerrar, examinados e decididos os casos dos que em todos os séculos professaram ser seguidores de Cristo, então, e somente então, se encerrará o tempo da graça, fechando-se a porta da misericórdia." (GC 428).
Note que a obra final de juízo passará ao caso dos vivos quando já não puder haver mudança no seu destino e isso não pode ocorrer antes do fim do tempo da graça e nem depois do início das sete pragas, pois Jesus terá terminado a Sua obra de juízo no Santuário celestial.

Veja como as citações abaixo colocam o juízo dos vivos exatamente no momento do fechamento da porta da graça:

"Estamos nos aproximando do fechamento da porta da graça, quando cada caso deve passar em revista perante Deus. (Nos Lugares Celestiais, 196)
"Então vi que Jesus não deixaria o lugar Santíssimo até que cada caso fosse decidido ou para salvação ou para destruição: e que a ira de Deus não viria até que Jesus tivesse terminado sua obra no lugar Santíssimo - removesse suas vestes sacerdotais e se vestisse com as vestes da vingança. ... mas quando nosso Sumo Sacerdote houver terminado Sua obra no Santuário, ele Se levantará, colocará as vestes da vingança e então as sete pragas serão derramadas." (Review and Herald, 01/08/1849).
Note que a porta da graça está aberta até aquele momento quando Jesus sai do Santuário, momento este em que o juízo dos vivos deve ser executado. Isso porque a ideia de um momento em que a porta da oportunidade se fecha para todos os vivos de maneira universal pressupõe que o juízo dos vivos não possa ocorrer nem antes nem depois desse tempo.
A oportunidade de salvação estará aberta aos vivos até esse momento, quando todos os destinos não puderem mais ser alterados, para bem ou para mal. Os santos estarão eternamente seguros "pelo sangue da aspersão" (GC 425). Quando Jesus deixa o Santuário, a porta da graça se fecha, o juízo pré-Advento para os vivos termina e é então que:
"A imaculada veste da justiça de Cristo é colocada sobre os provados, tentados mas fiéis filhos de Deus. O remanescente está vestido em gloriosas vestes, para nunca mais serem contaminados pela corrupção do mundo. Seus nomes estão no livro da vida do cordeiro, escritos entre os fiéis de todas as eras. (Testimonies, vol. 5, p. 475).
A citação acima coloca sob perspectiva a citação frequentemente distorcida para apoiar o perfeccionismo: "Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor." (GC 614). Eles não mais necessitarão do intercessor, pois estão vestidos para sempre da justiça de Cristo! Em outra parte ela diz que
"Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer às exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. ... Se vos entregardes a Ele e O aceitardes como vosso Salvador, sereis então, por pecaminosa que tenha sido vossa vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá o vosso caráter, e sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado." (CC 62)
Quanto aos ímpios vivos, o Apocalipse revela que, em vez das vestes de Cristo, eles recebem a "marca da besta" (Apo. 13:16-18; 14:9-10).
Estariam os Vivos Predestinados Para Salvação ou Perdição?
Um dos sérios problemas com a ideia de que o juízo esteja passando pelo nome dos vivos enquanto ainda houver tempo de alteração no destino é que ela acaba caindo no erro da predestinação. Em outras palavras, mesmo que eu ainda tenha muito tempo de vida e graça até Jesus voltar, se o meu nome passar em juízo hoje, eu não poderei fazer nada para alterar o meu caso! Explicam os defensores dessa ideia que Deus olha para o meu futuro e decide, baseado na Sua omnisciência, qual será o destino de cada um.
O problema é que Deus estaria a selar crentes vivos hoje que obviamente continuarão a cometer pecados, enquanto os "ex-crentes" perdidos estariam eternamente "impedidos" do céu, embora pudessem ainda vir a responder aos apelos da graça! Essa interpretação torna irrelevante o juízo investigativo dos registos do céu e contradiz o ensino Bíblico e do Espírito de Profecia, pois Deus poderia simplesmente "pré-julgar" a todos os seres humanos antes da sua decisão sem a necessidade de investigar "registos".
O renomado teólogo Adventista Frank Holbrook critica essa interpretação dizendo que "a Bíblia apresenta sempre os juízos de Deus subsequentes à escolha humana" e não antes da escolha individual ou do fim de um período de graça.
Holbrook continua: "muito provavelmente, o juízo dos vivos ocorrerá simultaneamente quando a última geração é confrontada com uma questão que determinará o seu destino... como vemos em Apocalipse 12-16."
O que Ellen White quis dizer então com "Breve... passará [o juízo] aos casos dos vivos"?
Em primeiro lugar devemos respeitar o contexto da citação. Muita heresia se cria quando se tiram as passagens de Ellen White do seu contexto! Uma "meia citação" é como uma "meia verdade", acaba por tornar-se uma mentira.
A citação em questão "O juízo ora se realiza no Santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus a nossa vida deve passar por exame", se encontra num capítulo intitulado "O Grande Juízo Investigativo" no livro o Grande Conflito (pp. 479-491) em que Ellen White aborda muitos dos conceitos que formam a base da doutrina adventista do juízo pré-Advento que transcorre hoje no Santuário celestial. Uma leitura completa e detalhada do capítulo desmonta a interpretação de que o juízo dos vivos possa ocorrer a qualquer momento antes do contexto de total comoção mundial, a chuva serôdia e das sete pragas. A título de síntese, coloco aqui as seguintes passagens do mesmo capítulo que contextualizam a passagem acima no que tange ao juízo dos vivos:
"Ao abrirem-se os livros de registo no juízo, é passada em revista perante Deus a vida de todos os que creram em Jesus. Começando pelos que primeiro viveram na Terra, o nosso Advogado apresenta os casos de cada geração sucessiva, finalizando com os vivos." (GC 483).
"A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efectuar-se antes do segundo advento do Senhor. ... Quando se encerrar o juízo de investigação, Cristo virá, e Seu galardão estará com Ele para dar a cada um segundo for a sua obra." (GC 485).
"De igual modo, todos quantos desejem seja seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro." (GC 490)
"Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse, prevendo aquele tempo, declara: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda..." Apoc. 22:11. (GC 490-491).
Ellen White também revela que o processo de purificação dos santos vivos inicia-se pouco antes do fechamento da porta da graça com o derramamento do Espírito Santo:
"O "início do tempo de angústia" aqui mencionado [PE p. 33], não se refere ao tempo em que as pragas começarão a ser derramadas, mas a um breve período, pouco antes, enquanto Cristo está no Santuário. Nesse tempo, enquanto a obra de salvação está se encerrando, tribulações virão sobre a Terra, e as nações ficarão iradas, embora contidas para não impedir a obra do terceiro anjo. Nesse tempo a "chuva serôdia", ou o refrigério pela presença do Senhor, virá, para dar poder à grande voz do terceiro anjo e preparar os santos para estarem de pé no período em que as sete últimas pragas serão derramadas." (PE 85-86).
"Os justos vivos receberão o selo de Deus antes do fim da graça." (Maranata, 209).
"Imediatamente antes de havermos entrado nele [no tempo de angústia], todos recebemos o selo do Deus vivo. Então vi que os quatro anjos deixaram de reter os quatro ventos."(SDABC 7, 968)
"O tempo do selamento é muito curto, e logo passará." (PE 58)
Veja que o juízo dos vivos ocorre "pouco antes" da Segunda Vinda de Cristo. A chuva serôdia durante a angústia entre as nações (Luc. 21:25-27) preparará os salvos vivos para o juízo que ocorre pouco antes do derramamento das sete pragas (Apo. 15-16) que antecedem imediatamente a Vinda de Cristo.
O derramamento do Espírito Santo culmina com o selamento e o juízo pré-Advento dos santos vivos proferido antes das sete pragas: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda" (Apo. 22:112). Isso confirma as evidências bíblicas de que o juízo dos vivos ocorre de maneira universal e não individual e coincide com o próprio fechamento da porta da graça. Neste momento, o nome dos salvos vivos é escrito no livro da vida e os perdidos estão para sempre perdidos.[7]
Podemos então analisar o momento do fechamento da porta da graça descrito em Apo. 22:11 em relação ao juízo pré-Advento da seguinte maneira:
"Quem é injusto; quem está sujo" = vida investigada = juízo pré-Advento
"faça injustiça ainda; suje-se ainda" = sentença
"e quem é justo; e quem é santo" = vida investigada = juízo pré-Advento
" faça justiça ainda; seja santificado ainda" = sentença
Note também que a investigação e a sentença aqui são simultâneos, pois a sentença não pode ser dada sem que haja investigação e esta não pode ocorrer enquanto ainda houver graça. Sabemos que no período imediatamente precedente ao fechamento da porta da graça, a mensagem do terceiro anjo continuará a ser pregada oferecendo ao mundo uma última oportunidade para temer a Deus e dar-lhe glória (Apo. 14:6-7; veja PE 85-86). Oferecer essa oportunidade para quem já teve seu destino selado anteriormente seria inútil.
Também segundo a Bíblia, o fim da graça para os vivos ocorre em um ponto específico do tempo, de maneira universal e irrevogável, antes das sete pragas (Apo. 15:7-8) que precedem imediatamente a vinda de Cristo. Note também que um "fechamento da porta da graça" em um ponto específico da história seria completamente irrelevante se a graça terminasse de maneira individual para os vivos em tempos diferentesOutra citação de Ellen White parece apoiar a idéia de que o juízo dos vivos pode começar hoje diz que:
"Enquanto o juízo investigativo prosseguir no Céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do Santuário, deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra."(GC 425). Note, porém, que os "crentes arrependidos" cujo pecado é removido não são os crentes vivos, e sim os crentes mortos:
"Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do Santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai." (GC 421).
O juízo pré-Advento hoje trata da remoção dos pecados desses "crentes arrependidos" mortos do Santuário celestial. Enquanto essa obra continua em favor dos crentes mortos é que "Deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra" (GC 421), pois a porta da graça continua aberta e o juízo dos vivos ainda não ocorreu.
Sabemos também que o juízo dos justos vivos só ocorrerá quando terminar o dos justos mortos: "Os casos dos justos mortos têm estado a passar em revista diante de Deus. Quando esta obra se completar, o juízo deve ser pronunciado sobre os vivos." (ME 1, 125).
Agora pense comigo: segundo estatísticas, morrem aproximadamente 2 pessoas por segundo no planeta; por hora são 7.200 e por dia 172.800. Obviamente muitos desses que morrem são justos que entram na "fila", por assim dizer, do juízo pré-Advento dos mortos. Ou seja, enquanto salvos estiverem morrendo, Jesus não iniciará o juízo dos vivos. Evidentemente, isso não continuará para sempre; por isso, a porta da graça se fecha em um momento específico de maneira universal. Essa é mais uma evidência de que o juízo dos vivos ocorrerá simultaneamente com o fechamento da porta da graça e não de maneira particular.
Com base em tudo isso, relendo a frase "Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos", podemos dissecá-la da seguinte forma:
1. Ellen White cria que ela mesma vivia nos dias finais da história pois "breve" o juízo passaria para os vivos culminando com o fechamento da porta da graça e na vinda de Cristo ainda em seus dias (cf. Apo. 22:12);
2. "Ninguém sabe quando" alude à imagem do ladrão da noite que Jesus usou em Mat. 24:39 e que vimos acima; "Assim, quando a decisão irrevogável do Santuário houver sido pronunciada, e para sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os habitantes da Terra não o saberão." (GC 615).
3. O juízo passará aos "casos dos vivos" "pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu", pois é nesse momento em que termina a graça e todos os casos estarão decididos. Esse "pouco antes" está inserido no contexto da chuva serôdia e das sete pragas. Deus não decidirá os casos dos vivos enquanto houver tempo de graça para arrependimento e salvação, pois Ele não predestina de nenhuma forma indivíduos que poderão ainda usar seu livre arbítrio para definir seu destino. O último convite divino ao arrependimento será pouco antes do fechamento da porta da graça. (Apo. 14:6)
Creio que essa leitura é mais consistente como toda a gama de declarações sobre o juízo pré-Advento feitas por Ellen White e também é consistente com a intercessão de Jesus descrita na Bíblia:
"Porque Cristo não entrou num Santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus." "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Heb. 9:24; 7:25).
"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém." (Judas 24,25)
Por isso, nenhum adventista precisa temer que seu nome tenha já passado ou esteja passando hoje pelo juízo pré-Advento e viver em insegurança, medo, apreensão ou depressão. O juízo pré-Advento transcorre hoje para os mortos e os "que morrem" (veja Rev. 14:13), enquanto nós vivos ainda temos a porta da graça aberta.
Conclusões
1. Ellen White não advoga a ideia de que o juízo dos vivos ocorre fora do contexto dos eventos finais que inclui: a chuva serôdia durante a angústia entre as nações, comoção generalizada no mundo (Luc. 21:25-27), o fim do tempo da graça, as sete pragas e o tempo de angústia.
2. O juízo pré-Advento dos vivos ocorre simultaneamente com o fechamento da porta da graça, pois Jesus continua Sua obra intercessória e de juízo até proferir o juízo/veredicto sobre os vivos naquele momento. (Apo. 22:11; 15:7-8);
3. Nossa preocupação hoje, nestes dias de graça, é em continuar "a obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra." (GC 421)
4. Acima de tudo, podemos viver com a certeza de que "Quem crê no Filho tem a vida eterna" (João 3:36) e que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rom. 8:1), alegrando-nos "por estarem os vossos nomes escritos nos Céus." (Luc. 10:20).
André Reis
Formado em Teologia pelo Unasp-C2, cursou Mestrado em Divindade na Andrews University; também é Mestre em Música e atualmente cursa Ph.D. em Teologia.
É Pastor Associado da Igreja Adventista Brasileira de Jacksonville, Florida.

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