23 de novembro de 2010

A QUARTA TROMBETA DO APOCALIPSE

A quarta trombeta forma um paralelo com a igreja de Tiatira, a quarta igreja do Apocalipse 2. Forma igualmente um paralelo com o chifre pequeno de Daniel 7 e 8. Ela faz com que os nossos olhos se volvam para o obscurecimento da verdade acerca de Deus e a respeito do ministério sacerdotal de Cristo (o Seu Tamida) no santuário celestial. Não seria, entretanto, uma remoção total da verdade acerca de Deus e de nosso Sumo-sacerdote! Apenas a “terça parte” da luz deixaria de brilhar! (POWER POINT)
1. Que deveria acontecer ao fazer-se ouvir a quarta trombeta?Rª: “O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhante, e semelhantemente a da noite.” Apocalipse 8:12. (CLIQUE PARA VER EM POWER POINT)
Nota explicativa: A quarta trombeta continua a soar os avisos de Deus sobre a humanidade e pronuncia as obras destes contra Deus. o sol, a lua e as estrelas, ou seja, o povo de Deus (Génesis 37:9; cf. Apoc. 12:1), passam pelas trevas da terceira trombeta, a verdade é alterada; a quarta trombeta, é a tentativa de eliminar toda a verdade.
2. Como podemos saber que o “sol” se relaciona com o povo de Deus?
Rª: “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.” Malaquias 4:2.
Nota explicativa: “o Sol da justiça” é Jesus, Ele é a fonte de vida e a origem de toda a verdadeira luz. Por duas vezes João ouviu Jesus dizer: “Eu sou a luz do mundo.” João 8:12; 9:5. numa dessas ocasiões, Jesus acrescentou. “Quem Me segue não andará em trevas.” Os séculos que sucederam à queda do Império Romano, são apropriadamente conhecidos como a Idade Escura. Durante dois séculos, aproximadamente, o único centro de estudos sérios de toda a Europa esteve localizado na Irlanda. Depois, por volta do ano 800, o rei Carlos Magno estimulou a pesquisa em Aschen (actualmente na Alemanha, junto à fronteira com a Bélgica). Restou apenas um pouquinho de civilização e uma forma aparente de cristianismo.
3. Foi esta situação prevista pela Palavra de Deus?
Rª: “Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.” Daniel 7:25.
Nota explicativa: Neste texto prevê que um “chifre diferente dos primeiros” (ver Daniel 7:24) ou seja a igreja cristã medieval haveria de proferir “palavras contra o Altíssimo”, “perseguir os santos” ou seja os fiéis, e que tentaria em “mudar os tempos e a lei”. A profecia acrescenta: “Os santos lhe serão entregues nas mãos por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.”
4. Como e quando aconteceu a quarta trombeta?
Rª: “Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfémias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por quarenta e dois meses. E abriu a boca em blasfémias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu. Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua e nação.” Apoc. 13:5-7.
Nota explicativa: Este é o período em que a igreja cristã (Igreja de Roma) se torna representante de Deus sobre a terra (do VI ao século X). Roma substitui “a cidade de Deus”. a tradição, o poder temporal e eclesiástico toma o poder sobre as questões espirituais.
A verdadeira religião de Cristo quer que se morra por ela, mas não que alguém por seja morto. Cristo em vez de perseguir e matar, deixou-Se perseguir e morrer, condenado não ofereceu resistência. A Pedro, que pretendeu defendê-Lo com a espada, Ele repreendeu neste temos: “Mete no seu lugar a tua espada, porque todos que lançarem mão da espada à espada morrerão.” Mateus 26:52. os apóstolos, para quem esta só lição bastou, seguiram todos o exemplo do seu divino Mestre, deixando-se perseguir e matar pela sua causa, nunca porém cogitaram em perseguir e matar a quem quer que fosse por amor dela.
5. A que ponto de angústia chega a quarta trombeta?
Rª: “E olhei, e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia com grande voz: Ai, ai, ai dos que habitam sobre a terra! Por causa dos outros toques de trombeta dos três anjos que ainda vão tocar.” Apocalipse 8:13.
Nota explicativa: “olhei”, parece que ouve um pequeno intervalo (4:1). Este breve momento na sequência das trombetas chama a nossa atenção especialmente para as últimas, que de uma forma especial são chamados os “ais”.
O verso 12 começa com um “anjo”, agora, temos uma “águia”. Pode a águia ser considerada um presságio de destruição (Mat. 24:28; cf. Deut. 28:49; Oseias 8:1; Hab. 1:8). “voando pelo meio do céu” ou seja, o zénite, de maneira que todos podem ouvir a mensagem: Ai, ai, ai. O ai repete-se três vezes por causa dos castigos que ainda vão acontecer quando soarem as três últimas trombetas. Cada uma delas se denomina por um “ai” (9:12; 11:14).
Dissemos anteriormente que as sete trombetas constituir-se-iam em “juízos de advertência”. Esses juízos ocorrem a tempo de poder levar-nos ao arrependimento; o contrário ocorre com as sete últimas pragas, pois estas cairão quando já será demasiado tarde para que alguém se arrependa verdadeiramente. As trombetas clamam a nós, para que nos tornemos cristãos reais e sinceros, obedientes de coração à vontade de Deus, e genuinamente bondosos e generosos para com os nossos vizinhos. Ao longo dos séculos, um bom número de pessoas aceitou essas advertências. Grande número de judeus aprendeu a lição de seu desastre nacional e se converteu em cristãos. Durante a Idade Escura, ergueram-se vários grupos reformadores, tais como os Cistercienses, Valdenses e Franciscanos. No século dezasseis apareceram outros grupos mais: Luteranos, Calvinistas e outros, que se baseavam mais amplamente na Bíblia.
Hoje, é o tempo, tempo de voltarmos ao cristianismo genuíno. Qual a sua decisão?

15 de novembro de 2010

A QUINTA TROMBETA DO APOCALIPSE

Por um decreto recente, fora prometida pelo papa certa indulgência a todos os que subissem de joelhos a "escada de Pilatos", que se diz ter sido descida por nosso Salvador ao sair do tribunal romano, e miraculosamente transportada de Jerusalém para Roma. Lutero estava certo dia subindo devotamente esses degraus, quando de súbito uma voz semelhante a trovão pareceu dizer-lhe: "O justo viverá da fé." Rom. 1:17. Ergueu-se de um salto e saiu apressadamente do lugar, envergonhado e horrorizado. Esse texto nunca perdeu a força sobre sua alma. Desde aquele tempo, viu mais claramente do que nunca o engano de se confiar nas obras humanas para a salvação, e a necessidade de fé constante nos méritos de Cristo. Tinham-se-lhe aberto os olhos, e nunca mais se deveriam fechar aos enganos do papado. Quando ele deu as costas a Roma, também dela volveu o coração, e desde aquele tempo o afastamento se tornou cada vez maior, até romper todo contato com a igreja papal.
O Grande Conflito, p. 125 (E.G. White)
1. Como é apresentada a quinta trombeta? (5ª TROMBETA EM POWER POINT - CLICAR)
Rª: “O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como fumaça de uma grande fornalha; e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar. Da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o que têm os escorpiões da terra.” Apoc. 9:1-3.
Nota explicativa: A quinta trombeta descreve o processo do castigo de Deus. o julgamento atinge o interior da Igreja Romana em consequência natural da sua acção. O julgamento está intrínseco às suas faltas; as pretensões ao estatuto de ser “como Deus” sobre a terra, a intolerância e a opressão causada, bem como o facto de rejeitar a vontade de Deus a quem ela deveria de representar.
A história dá razão à profecia. A reação popular e laica durante a revolução francesa é bem prova disso. Os movimentos anti-clericais do século XVII e XVIII, são uma resposta ao espírito das cruzadas, da inquisição que marcaram a história durante os séculos XI a XVI.
A profecia utiliza a imagem dos gafanhotos para dar conta da natureza deste ataque. No livro de Joel os gafanhotos são substituídos por cavalos (Joel 2:4; cf. Apocalipse 9:7). Estes gafanhotos destroem tudo por onde passam e como que cobrem o céu como se fossem uma nuvem (Joel 1:10), durante o tempo de uma geração (Joel 1:4,6). A vida do gafanhoto é de 5 meses.
2. Que ordem foi dada aos gafanhotos?
Rª: “Foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm na fronte o selo de Deus.” Apoc. 9:4.
Nota explicativa: Os efeitos deste flagelo são limitados no espaço bem como no tempo. No espaço, os gafanhotos, só tocam naqueles que não receberam o selo de Deus (Apoc. 9:5), ou seja, todos aqueles que perderam o sentido da adoração de Deus como Criador. Só a Igreja Romana foi sujeita aos ataques revolucionários laicos. O povo, por seu lado, torna-se mais livre e mais audacioso a exprimir o seu pensamento e na procura da verdade. O momento é propício a colocar em questão os ensinamentos, terreno ideal para que germinem os ideais da Reforma.
3. Que tipo de sofrimento não foi permitido aos gafanhotos?
Rª: “Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.” Apoc. 9:5.
Nota explicativa: Os gafanhotos ferem, enquanto, a picada do escorpião pode ser fatal; a dor provocada pela picada de um gafanhoto permanece pouco tempo. A Igreja Romana iria sobreviver a este flagelo. Segundo a profecia, o seu tormento duraria 5 meses (5 x 30 dias), ou seja cento e cinquenta anos (interpretando segundo a regra profética; um dia por um ano). Um tal flagelo é sem precedentes na história da Igreja. O seu começo é marcado de forma especial na Revolução francesa, esta fez estremecer o Catolicismo ao ponto do papa ter sido preso (1798). O fim da perda de soberania foi reconhecido depois da Segunda Grande Guerra (1948). O papado recuperou então o seu estado soberano graças à ratificação dos acordos de Latrão (1929).
Desde então, a evidência foi o surgimento de partidos políticos pós-guerra, partidos políticos “cristãos democratas” por toda a Europa; largamente dominados por membros da Igreja católica, eles estão muitas vezes à cabeça de governos ou de coligações a todos os níveis, apresentam um cariz anticomunista, social e de luta contra a pobreza, e empenhados nos planos ecuménicos.
Uma curiosidade importante, é a referencia aos 5 meses, um tempo que está também associado ao relato do Dilúvio, o primeiro flagelo de Deus na história da humanidade (Géneses 7:24).
4. Que se diz terem sobre si os gafanhotos?
Rª: “Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom e em grego Apoliom.” Apoc. 9:11.
Nota explicativa: O sábio diz: “os gafanhotos não tem rei; contudo, marcham todos em bandos.” Provérbios 30:27; no entanto, os gafanhotos desta passagem (Apoc. 9:11) estão muito organizados na sua obra de destruição, pois tem um governante cuja as ordens obedecem.
O texto faz referencia “o anjo do abismo”; o anjo tem como significado “mensageiro”. Abismo em grego: fréatos tês abússou, “poço ou lugar sem fundo”, ou “poço do abismo”. A palavras ábussos usa-se repetidas vezes na LXX para traduzir a palavra hebraica tehom. O poço do abismo pode considerar-se como um símbolo das extensas regiões onde o catolicismo exercia o seu poder e a sua influência cristã/pagã.
Fica-nos a palavra “Abadom”, “destruição”, “ruína”. Esta palavra usa-se em sentido geral em Jó 31:12, e equivale a “inferno” (Heb. She`ol, o reino figurado dos mortos). O uso deste nome hebraico neste contexto é importante porque boa parte do simbolismo usado por João tem origem no hebreu. Sem dúvida, o facto de ser apresentado em grego "Apoliom", e em hebraico ´Abadom´. Com dois diferentes nomes em duas línguas é evidente que se pretende representar mais o carácter do que o nome do poder. Sendo assim, ele é apresentado nas duas línguas como um destruidor. Tal tem sido o carácter deste governo; mais que a destruição física, cruzadas e a inquisição é o falso ensino. A mistura do cristianismo com o paganismo.

14 de novembro de 2010

A FÉ DE JESUS

A Bíblia fala da fé em mais de um sentido. Por exemplo, refere-se a essa confiança em Cristo e em Seus méritos, a qual nos permite receber a salvação (Rom 1:17; 3:24 e 25; 5:1 e 2) e também fala da fé como doutrina (Fil 1:27). Ambas as coisas, contudo, estão interligadas e provém de DEUS. “E assim, a fé vem pela pregação. E a pregação pela palavra de Cristo” (Rom 10:17). Ou seja, a fé como doutrina deve vir da Palavra de DEUS, e esta nutre a confiança que nos permite receber a salvação.
Por isto é que Paulo enfatiza que a nossa fé não se apoia “em sabedoria humana” (I Cor 20:5). Também revela que “o espírito (de DEUS) afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a doutrinas de demónios” (I Tim 4:1), o que desviaria alguns da fé (I Tim 6:21). Neste contexto fica mais claro por que o Apocalipse, contrastando a apostasia de Babilónia, fala dos “santos” que guardam os mandamentos – você pretende ser um destes santos? – de DEUS e tem a Fé de Jesus (Apoc 14:12). Esta é a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” – Judas 3.
A única expressão doutrinária válida para o cristianismo (Efe 4:5) é a que está escrita nas Sagradas Letras (Fil 1:27; II Tim 3:15-17). O ensino bíblico diz que devemos manter essa doutrina, defendê-la; perseverar nela (I Cor 16:13; II Cor 13:5: Col 1:20), repreender os que dela se apartarem para que permaneça a doutrina (Tito 1:13), como fizeram os apóstolos (II Tim 4:7). É a fé da doutrina de Jesus (Apoc 14:12) que se encontra na Bíblia e que não deve ser buscada na tradição nem e m placas de denominações concorrentes à Igreja de Cristo (Mat 15:3; 7:6 e 7; Gal 1:6-9; João 20:30 e 31).
No tema anterior (A) iniciamos a análise das doutrinas fundamentais que compõe esta fé. Neste estudo nos propomos a completar o estudo mencionado...
8 – O Remanescente Fiel Deve Proclamar a Mensagem dos Três Anjos do Apoc 14:6-12.
O primeiro anjo tinha “um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua e povo” (Apoc 14:6) e começaria a pregá-lo na época em que “vinda é a hora do Seu juízo” (Apoc 14:7). A obra do juízo de selamento começou quando Cristo – até então sumo-sacerdote no lugar santo do Santuário Celestial – entrou no lugar santíssimo, cumprindo a segunda parte do Seu ministério (pré-figura pelos símbolos do Santuário Terrestre). Isto ocorreu em 34 d.C, ao finalizar a profecia dos 2.300 dias de Dan 8:14. O Juízo de selamento – separação do trigo, do joio; das virgens néscias, das prudentes; dos bodes, dos cabritos (o selamento do cap 7 de Apocalipse) – terminará com o encerramento do Tempo da Graça (Heb 4:14; 18:1 e 2; Lev 16:2, 29; Heb 9:23 e 24; Dan 8:14; 9:25-27; Apoc 14:6 e 7; 22:11). Esta mensagem admoesta a adorar a DEUS como o ordena o mandamento do sábado (Apoc 14:7; Êxo 20:8-11; Gén 2:1-3).
A segunda mensagem angélica anuncia a queda de Babilónia em apostasia, e o efeito trágico de suas doutrinas adúlteras (falsas) sobre a humanidade, sendo a mais nefasta, a doutrina pagã da alteração da santa Lei de Deus (Daniel 7:25)
A terceira mensagem deixa em evidência dois importantes fatos que devem se pregados: o terrível castigo que receberão os adoradores da besta, de sua imagem, e que receberem seu sinal (Apoc 14:9-11) e nos dá a identidade do remanescente fiel:
Apoc 14:12.

9 – Como Administradores de uma Vida que Pertence a DEUS, os Cristãos Cuidam de sua Saúde!
A Bíblia ensina que somos de DEUS por direito de criação e por direito de redenção [pois quando estávamos perdidos no pecado, Ele nos comprou pelo sangue de Jesus, adoptando-nos como Seus filhos (Isa 43:1; I Cor 6:20)]. O corpo é o templo do espírito de DEUS, Jesus (Apoc 3:20), pelo que deve ser respeitado – mantendo-o incontaminado - e tratado, evitando-se o uso do que é prejudicial e abstendo-se de todo alimento imundo (Lev 16 11; 19:26; Atos 15:20), do uso, fabricação e venda – o que não é bom para mim, não é bom, para o meu irmão - de bebidas alcoólicas, excitantes (café, chá preto, etc - DEUS não criou estes elementos como alimento e sim como remédios); fumo em todas as suas formas e do abuso ou mau uso de narcóticos e outras drogas – muitas, assim como o café, foram criadas por DEUS, como remédios (I Cor 3:16 e 17; 6:19 e 20; 9:25; 10:31; II Cor 7:1; Gál 5:17-21; 6:7 e 8; I Ped 2:9-12; I Cor 10:1-10).
(I Cor 6:19).

10. DEUS Concedeu o Dom de Profecia ao Remanescente Fiel. Apocalipse 12:17 diz que uma das características ou sinais distintivos do remanescente fiel seria o Testemunho de Jesus e em Apocalipse 19:10 se torna claro que este Testemunho é o espírito da Profecia (o espírito de Jesus – a Profecia – falando ao homem, quando necessário, conforme I Cor 12:1-28; 1:5-7; Apoc 12:17; 19:10; Amós 3:7; Oséias 12:10, 13 - Veja também Atos 2:17 e 18 conforme Joel 3:28). Este dom (Palavra) está revelado nas Escrituras que bestificam d´Ele! João 5:39.
II Crón. 20:20.

11 – Sendo que o Cristão Foi Chamado por DEUS Para Viver Uma Vida de Santidade (Efe 1:4), Deve Apartar-se dos Costumes e Práticas que Não se Harmonizam Com sua Elevada Vocação Celestial e principalmente afastar-se de babilónia (Apoc 18:4).
Por isto faz voto de simplicidade e decoro em seu vestuário, evitando os adornos supérfluos que não expressam a modéstia cristã, tais como brincos, anéis, pinturas (I Tim 2:9, 10). Note-se a desaprovação de DEUS pela vaidade: Isa 4:16-24, II Ped 3:1-5. A roupa deve ser decorosa (I Tim 2:9) e feminina para a mulher e varonil para o homem (Deut 22:15).
Quanto às diversões, o cristão se abstém de espectáculos que estimulem a desobediência à Lei de DEUS ou que maculem sua mente. Por isto se abstém de ir ao cinema e ao teatro e é muito cuidadoso com o que vê na televisão ou Internet. Também não pratica os jogos de azar por dinheiro, assim como baralhos e outros jogos que estimulem a competição ou a sensualidade (bailes), etc. Rom 12:1 e 2; Fil 4:8; Tiago 4:4; II Tim 2:19-22; Efe 5:8-11; Col 3:5-10.
Em vez disto, desfruta das recreações sadias que fortalecem sua alegria de viver.
O cristão evita o que tem a ver com vícios, pornografia e práticas contrária à moral (Tito 2:12 e 13; I Tes 4:2-8). Por isso a vida matrimonial do cristão deve ser ordenada, legal e limpa, baseada no amor e respeito (Efe 5:23-35). Crê, portanto, que o matrimónio é por todo o sempre. A única causa de divórcio e novo casamento é quando o vínculo matrimonial é rompido por infidelidade (Mat 19:3-9). Aqueles que desejam casar-se, procurem pessoas de mesma fé (Col 3:18; Mat 19:9; II Cor 6:14).
O cristão é chamado a “dar” testemunho de sua fé por meio de uma conduta honrada e veraz em seu trato para com a comunidade (Sal 15:1-5; Rom 12:21).
Efe 1:4.

12 – DEUS Estabeleceu a Sua Igreja na Terra, da Qual Ficou e continuará um Remanescente Fiel (Mat 16:18).
A igreja verdadeira tem como fundamento básico a JESUS (Actos 4:11), I Cor 10:4; II Cor 3:11; I Ped 2:3-8) o qual é a Cabeça (Efe 4:15; 1:20-22; Col 1:18). Está edificada sobre a doutrina que Jesus revelou a Seus apóstolos (Ex: Apoc 1:1 e 2; I Ped 1:10 e 11; Apoc 22:6; Efe 2:20-22). Assim como os judeus, por não permanecerem na doutrina, deixaram, (como nação de ser o povo de Deus) a igreja de Cristo que “ficou um remanescente escolhido pela graça” (Rom 11:5). Veja que durante toda a história do relacionamento de DEUS com as suas criaturas, sempre houve um remanescente que preservou o seu contacto com Ele... O Apocalipse revela-nos quais são as características distintas deste remanescente fiel:
Apoc 14:12 (cf Apoc 19:10).

A Igreja Adventista do 7º Dia é o verdadeiro movimento de reforma nascente com João Huss, Lutero e todos os Reformadores, pois possui essas características e todas as demais ensinadas na Bíblia. Ela tem uma organização definida, como ensina a Bíblia (I Cor 14:33, 40; Efe 4:10-13; Tito 1:5-9; Mat 18:15-18; Actos 6:1-7; I Tim 3:1-13).
O remanescente fiel necessita de organização para cumprir a missão que Cristo lhe deixou (Apoc 10:11; Mar 16:15 e 16). Deveríamos apoiá-la e contribuir para a sua manutenção (I Cor 9:9) como diz a Bíblia: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima” Heb 10:25.

13 – O que é: O Nascido de Novo se Une a Cristo e com a Sua Igreja por Meio do Verdadeiro Baptismo.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos deu o exemplo de como deve ser o Verdadeiro Baptismo, ao se baptizado por imersão (Mat 3:13-17). Por isso Paulo ensina que devemos ser sepultados no baptismo (Rom 6:4) e que essa é a única forma de fazê-lo (Efe 4:5). O baptismo por imersão representa a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, numa expressão pública de fé em Sua graça salvadora e de renúncia ao pecado e ao mundo (Actos 2:35-39; 8:35-39; 16:32 e 33; Rom 6:1-11; Gál 3:1-3). Ainda, o baptismo por imersão – em NOME de Jesus – nos une ao remanescente fiel, a igreja de Jesus (Actos 2:41, 42, 47). Esta experiência é essencial para a salvação (desde que a pessoa esteja devidamente – física e emocionalmente – apta para o fazer) Mar 16:15 e 16; João 3:3-5... Portanto, se você foi baptizado por imersão mas em nome de uma trindade (pagã), o seu baptismo não teve valor para DEUS pois o próprio Jesus nos disse: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Mat 28:18. E, por isto é que o baptismo (como os apóstolos faziam) deve ser feito em NOME de Jesus!
” Actos 22:16.

14 – Como Mordomos Fiéis, o Cristão participa com o Dízimo e sua Oferta!
Conforme o exemplo de quando DEUS instituiu o dízimo para o sustento do ministério levita (Lev 27:30-32; Mal 2:1 – 3:18) e confirmado por Jesus Mat 23:23, pois até o dia do seu sacrifício de Cruz, estaria vigente; assim devemos proceder – Mat 27:51. Paulo assim também confirma (I Cor 9:13 e 14). Portanto, o sistema de dizimar é uma boa táctica de promover o ministério de salvação e sustento da obra de DEUS na Terra...
No Novo Testamento ficou-nos a admoestação de Paulo nos mostrando que todas as ofertas – e se assim o desejarmos, também o dízimo – deveriam ser feitas voluntariamente e de coração (e alegria) – II Cor 9:6 e 7; Sal 96:8; Pro 3:9.
II Cor 9:7.

15 – O Cristão tem o Privilégio de Participar de Diversas Cerimónias e Ordens Estabelecidas por DEUS para a Sua Igreja.
A Santa Ceia ou Comunhão: Relembra a morte do Senhor Jesus até que Ele venha (I Cor 11:26). A participação nela é essencial – todos (crianças/jovens/adultos) podem e devem participar, independente de denominação ou de ser baptizado – para o crescimento do cristão e buscar no Senhor, forças para vencer as dificuldades deste mundo. Paulo nos instrui quanto à Ceia do Senhor e aconselha-nos na preparação espiritual (I Cor 11:23-30). A Ceia é precedida por uma cerimónia estabelecida pelo próprio exemplo de Jesus – o lava-pés – como preparação espiritual para se participar da comunhão (João 13:1-10, 17); no entanto, ela é anual.
16 – De Acordo com os Dons Recebidos de DEUS, Cada Cristão Participa nas Actividades Destinadas a Proclamar o Evangelho e a Preparar um Povo para o Encontro Com Jesus:
O Senhor deu dons aos Seus Filhos (Efe 4:8) “com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço (Efe 4:12), ou seja, levar adiante a proclamação do evangelho e também para “edificação do corpo de Cristo – a igreja” (Efe 4:12) ou seja, o fortalecimento espiritual dos crentes que a compõe. Esses dons são para serem usados (Rom 12:4-8) E DEUS disse que deseja que sejamos participantes na pregação (Apoc 22:17; Isa 43:10-12; II Cor 5:17-20; Rom 10:13-15). Quando o mundo estiver vivendo o Armagedom, Jesus voltará para trazer a paz, consumindo com os ímpios e reunindo-nos sobre o Monte Santo:
Apoc 21:4 e 5.

A minha decisão: Pela graça de DEUS decido pôr a minha vida em harmonia com estes princípios e desejo guardar os seus mandamentos (Apoc 14:12).
Procure em: IGREJA ADVENTISTAS PORTUGAL, a igreja mais próxima. Deus derrame as Suas bênçãos por Jesus.

8 de novembro de 2010

A SEXTA TROMBETA DO APOCALIPSE


“Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furações e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terramotos, em toda a parte e sob milhares de formas, Satanás está a exercer o seu poder. Destrói a seara que está a amadurecer, e seguem-se fome e angústia. Comunica ao ar poluição mortal, e milhares perecem pela pestilência. Estas catástrofes devem tornar-se cada vez mais frequentes e desastrosas. ´A Terra pranteia e se murcha,´ ´enfrquecem os mais altos do povo. … Na verdade a Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança´ Isaías 24:4,5´ “ Conflito dos Séculos, 638 e 639.
1. Ao soar a sexta trombeta, que ordem é dada?
Rª: “O sexto anjo tocou a sua trombeta; e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos que se acham presos junto do grande rio Eufrates.” Apoc. 9:13,14.
Nota: “quatro pontas do altar”, esta voz vem directamente do trono. As “pontas do altar” significa o centro do poder celeste. Este altar não pode ser outro senão o mesmo onde eram oferecidas as orações dos santos (Apoc. 7:1). Por outro lado estes quatro anjos tem poder para reter os ventos, ou seja, os ventos da destruição, recebem no entanto este poder que impede a destruição mundial.
Muitos estudiosos têm visto na sexta trombeta e pelo facto de fazer referência ao Eufrates, aos turcos. Para tanto, dão-lhe uma interpretação literal ao Eufrates por donde penetram os turcos durante o império bizantino. Mas os nomes Sodoma, Egipto (11:8) e Babilónia (14:8; 17:5; 18:2,10,12) usam-se no sentido simbólico no Apocalipse. O Eufrates constitui a fronteira norte da terra que em termos de ideal o povo de Israel deveria ocupar (Deut. 1:7-8) e para além do Eufrates ficaria as nações pagãs. Segundo este ponto de vista, o Eufrates indica aqui uma fronteira dentro da qual Deus retém as forças que executam os seus juízos durante a sexta trombeta.
2. Que cena de guerra é apresentada sob esta trombeta?
Rª: “O número dos exércitos dos cavaleiros era de duas miríades de miríades; pois ouvi o número deles. E assim vi os cavalos nesta visão: os que sobre eles estavam montados tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saíam fogo, fumaça e enxofre.” Apoc. 9:16,17.
Nota: Os quatro anjos são aqui descritos a executar os seus castigos por meio de um vasto exército de cavaleiros. Nos tempos antigos a cavalaria era a arma rápida e ágil de um exército. Por esta razão, pode considerar-se aqui como um símbolo da rapidez e o vasto alcance deste castigo. Estes cavaleiros mais parecem um enxame de gafanhotos que surgem do abismo (Apoc. 9:9), parecendo cavalos; movimentos laicos, filosofias do “nada” ou do “quase nada”, leia-se negação de Deus, ou Deus como um prestador de serviços. Estes movimentos são causadores de “feridas” espirituais e psicológicas. Neste trombeta os movimentos da negação de Evangelho Eterno multiplicam-se. Acompanhados por crises de ordem económica e financeira, politicas e sociais, o desrespeito pelos valores bíblicos (casamentos não consentidos pela Bíblia) atingem uma dimensão sem precedentes na história.
“A igreja remanescente será levada a uma grande prova de aflição. Os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e das suas hostes.” 2 TS, 175,176.
3. Qual é o resultado desta peleja?
Rª: “Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que saíam das suas bocas.” Apoc. 9:18
Nota: O facto destes castigos se chamarem pragas é tomado por alguns como o indício de que há uma relação entre as trombetas e as últimas pragas. Sem dúvida que há essa proximidade, a diferença; este é ainda um tempo de graça, os efeitos são graves mas não são definitivos. Acreditamos que esta trombeta tem inicio assim como a quinta em 1798; e que esta “duzentas miríades” ou 2 vezes 10.000 representam todos os movimentos filosóficos, ateus, teologia liberal: “Foi realmente desastroso que os nossos pensadores cristãos, antes que a mudança ocorresse e fosse estabelecido o abismo, não ensinassem e pregassem com um domínio claro das pressuposições. Tivessem feito isso, e eles não seriam tomados de surpresa e poderiam ter auxiliado os jovens a enfrentar a suas dificuldades. Porém é absolutamente insensato que mesmo agora, anos depois da mudança haver terminado, muitos cristãos continuem não sabendo o que ocorre. E isso acontece porque ainda não lhes está sendo ensinada a importância de pensar em termos de pressuposições, especialmente no que concerne à verdade.” O Deus que Intervém, Francis A. Shaffer, p. 15.
VEJA O POWER POINT (CLICAR)
4. Que período definido é mencionado nesta trombeta?
Rª: “E foram soltos os quatro anjos que haviam sido preparados para aquela hora e dia e mês e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.” Apoc. 9:15.
Nota: Quem morasse na Europa por volta de 1890, ou nos Estados Unidos pouco antes de 1935, não precisaria gastar muito tempo pensando sobre as suas pressuposições. Estas datas podem ser ligeiramente arbitrárias, visto que as mudanças vieram, pelo menos na Europa gradativamente. Nos Estados Unidos, os anos cruciais de mudanças foram de 1913 a 1940. Durante estes relativamente poucos anos toda uma maneira de pensar sofreu uma revolução. 1913 foi um anos muito importante nos Estados Unidos.
Este foi o período que os sociólogos chamam: A LINHA DO DESESPERO, que se manifesta;
FILOSOFIA,
   ARTE,
      MÚSICA,
         CULTURA GERAL
            TEOLOGIA.
Hegel, a porta de entrada do desespero:
Cada um dos degraus representa um certo estágio no tempo. O mais alto primeiro, o mais baixo por último. Foi nessa ordem que a mudança na verdade afetou a vida dos homens. Esta ferida foi pior que a própria morte; a morte da fé.
Foi o filósofo alemão Hegel (1770-1831) que se tornou o primeiro homem a abrir a porta para a linha do desespero. Antes do seu tempo, a concepção da verdade era baseada na antítese, não por qualquer razão lógica, mas porque o homem agia baseado nela; A verdade é a Bíblia.
Kierkegaard; o primeiro homem abaixo da linha do desespero:
5. E com que anúncio termina a sexta trombeta.
Rª: “É passado o segundo ai; eis que cedo vem o terceiro.” Apoc. 11:14. Apoc. 11:14.
Nota: Alguns estudiosos defendem que “o segundo ai” se situa em 1840 (com a data estamos de acordo) quando a Turquia perdeu a sua independência. Não nos parece coerente, porque em nenhuma das outras profecias do Apocalipse ou Daniel entre a Turquia ou o Islão. Por esta razão e por ser tão evidente os estragos feitos pelas correntes filosóficas provocaram à verdadeira fé, estes são os verdadeiros “cavaleiros dos abismo. Como dizíamos, Kierkegaard pode ser, tão apropriadamente, chamado de pai de ambos? 1) existencialismo secular; 2)e existencialismo religioso. Que proposição juntou ao pensamento de Hegel que fez a diferença? Kierkegaard chegou à conclusão que não poderíamos chegar à sítense pela razão. Em vez disso, conseguimos tudo que realmente importa por meio de um salto de fé. Desse modo, ele separou de maneira absoluta o racional e lógico da fé. O racional e a fé não têm nenhuma relação entre si, assim:

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O Racional e o lógico

11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.


12 Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.
1ª João 5:12,13

AS 7 ÚLTIMAS PRAGAS DO APOCALIPSE

Veja o estudo e compare com o power point (clicar)

A 7ª TROMBETA DO APOCALIPSE

SE quiser ter o power point da 7ª trombeta volte a este estudo e CLIQUE.

5 de novembro de 2010

JÁ TERÁ PASSADO O SEU NOME PELO JUÍZO?

Existe uma citação de Ellen White que tem causado desnecessária angústia em muitos adventistas. Ela diz o seguinte:
"O juízo ora se realiza no Santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame." (O Grande Conflito, 490).
A interpretação mais popular dessa passagem, usada principalmente pelos "Adventistas de uma citação" em sermões é a seguinte: "Irmãos, segundo o Espírito de Profecia, a sua vida pode estar a passar pelo juízo HOJE mesmo! Você pode estar a ser pesado e achado em falta neste momento!"
Com certeza você já ouviu muito isso em sermões. Mas será que Ellen White pretendia dizer que a qualquer momento o juízo passará para o caso dos vivos? Como entender essa passagem?
Vamos começar por um breve estudo do juízo pré-Advento na Bíblia.
O que diz a Bíblia sobre o juízo pré-Advento?
A Bíblia não trata diretamente sobre a questão do juízo pré-Advento dos vivos. Mas podemos inferir de várias passagens quando e como ele ocorrerá. Ela afirma que todos, vivos e mortos, crentes e descrentes, passarão por um juízo: "Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?" (1 Ped. 4:17; cf. Dan. 7:9-14, 22; Atos 17:31; Apo. 21:27; 20:11).
A ideia de um juízo pré-Advento, portanto, não é uma doutrina "adventista", ela é bíblica. Apocalipse 22:10-12 revela que imediatamente antes do fim, Jesus declarará este juízo concluído e que a graça acabou: "Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo. Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda. Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra."
Apocalipse 15 também revela que o juízo pré-Advento dos vivos e dos mortos, o fim da graça e da intercessão de Cristo no Santuário celestial ocorrerão pouco antes das sete pragas serem derramadas: "Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira do Deus que vive pelos séculos dos séculos. E o Santuário se encheu de fumaça pela glória de Deus e pelo seu poder; e ninguém podia entrar no Santuário, enquanto não se consumassem as sete pragas dos sete anjos." (Apo. 15:7-8).
A presença da fumaça no Santuário celestial é uma alusão ao que aconteceu várias vezes no Santuário terrestre. Cito aqui a dedicação do templo de Salomão: "então se encheu duma nuvem a casa, a saber, a casa do Senhor, de modo que os sacerdotes não podiam ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus." (2 Crón. 5:13-14; cf. Êxo. 40:34-35). A presença de Deus ali indicava a ausência de pecados neste, o templo ainda não fora usado para sacrifícios.
Assim será também no Santuário celestial, pois o juízo pré-Advento implica na remoção de pecados e purificação. Quando o Santuário celestial se enche de fumaça antes das sete pragas, isso indica a total purificação deste e o fim do ministério intercessório de Jesus bem como a conclusão do juízo pré-Advento.
Ellen White expande essa visão do Santuário celestial de Apo. 15 ao dizer que:
"Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar no Santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus santo. ... Deixando Ele o Santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra..." (GC 425, 614).
"Quando a obra de investigação se encerrar, examinados e decididos os casos dos que em todos os séculos professaram ser seguidores de Cristo, então, e somente então, se encerrará o tempo da graça, fechando-se a porta da misericórdia." (GC 428).
Note que a obra final de juízo passará ao caso dos vivos quando já não puder haver mudança no seu destino e isso não pode ocorrer antes do fim do tempo da graça e nem depois do início das sete pragas, pois Jesus terá terminado a Sua obra de juízo no Santuário celestial.

Veja como as citações abaixo colocam o juízo dos vivos exatamente no momento do fechamento da porta da graça:

"Estamos nos aproximando do fechamento da porta da graça, quando cada caso deve passar em revista perante Deus. (Nos Lugares Celestiais, 196)
"Então vi que Jesus não deixaria o lugar Santíssimo até que cada caso fosse decidido ou para salvação ou para destruição: e que a ira de Deus não viria até que Jesus tivesse terminado sua obra no lugar Santíssimo - removesse suas vestes sacerdotais e se vestisse com as vestes da vingança. ... mas quando nosso Sumo Sacerdote houver terminado Sua obra no Santuário, ele Se levantará, colocará as vestes da vingança e então as sete pragas serão derramadas." (Review and Herald, 01/08/1849).
Note que a porta da graça está aberta até aquele momento quando Jesus sai do Santuário, momento este em que o juízo dos vivos deve ser executado. Isso porque a ideia de um momento em que a porta da oportunidade se fecha para todos os vivos de maneira universal pressupõe que o juízo dos vivos não possa ocorrer nem antes nem depois desse tempo.
A oportunidade de salvação estará aberta aos vivos até esse momento, quando todos os destinos não puderem mais ser alterados, para bem ou para mal. Os santos estarão eternamente seguros "pelo sangue da aspersão" (GC 425). Quando Jesus deixa o Santuário, a porta da graça se fecha, o juízo pré-Advento para os vivos termina e é então que:
"A imaculada veste da justiça de Cristo é colocada sobre os provados, tentados mas fiéis filhos de Deus. O remanescente está vestido em gloriosas vestes, para nunca mais serem contaminados pela corrupção do mundo. Seus nomes estão no livro da vida do cordeiro, escritos entre os fiéis de todas as eras. (Testimonies, vol. 5, p. 475).
A citação acima coloca sob perspectiva a citação frequentemente distorcida para apoiar o perfeccionismo: "Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor." (GC 614). Eles não mais necessitarão do intercessor, pois estão vestidos para sempre da justiça de Cristo! Em outra parte ela diz que
"Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer às exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. ... Se vos entregardes a Ele e O aceitardes como vosso Salvador, sereis então, por pecaminosa que tenha sido vossa vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá o vosso caráter, e sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado." (CC 62)
Quanto aos ímpios vivos, o Apocalipse revela que, em vez das vestes de Cristo, eles recebem a "marca da besta" (Apo. 13:16-18; 14:9-10).
Estariam os Vivos Predestinados Para Salvação ou Perdição?
Um dos sérios problemas com a ideia de que o juízo esteja passando pelo nome dos vivos enquanto ainda houver tempo de alteração no destino é que ela acaba caindo no erro da predestinação. Em outras palavras, mesmo que eu ainda tenha muito tempo de vida e graça até Jesus voltar, se o meu nome passar em juízo hoje, eu não poderei fazer nada para alterar o meu caso! Explicam os defensores dessa ideia que Deus olha para o meu futuro e decide, baseado na Sua omnisciência, qual será o destino de cada um.
O problema é que Deus estaria a selar crentes vivos hoje que obviamente continuarão a cometer pecados, enquanto os "ex-crentes" perdidos estariam eternamente "impedidos" do céu, embora pudessem ainda vir a responder aos apelos da graça! Essa interpretação torna irrelevante o juízo investigativo dos registos do céu e contradiz o ensino Bíblico e do Espírito de Profecia, pois Deus poderia simplesmente "pré-julgar" a todos os seres humanos antes da sua decisão sem a necessidade de investigar "registos".
O renomado teólogo Adventista Frank Holbrook critica essa interpretação dizendo que "a Bíblia apresenta sempre os juízos de Deus subsequentes à escolha humana" e não antes da escolha individual ou do fim de um período de graça.
Holbrook continua: "muito provavelmente, o juízo dos vivos ocorrerá simultaneamente quando a última geração é confrontada com uma questão que determinará o seu destino... como vemos em Apocalipse 12-16."
O que Ellen White quis dizer então com "Breve... passará [o juízo] aos casos dos vivos"?
Em primeiro lugar devemos respeitar o contexto da citação. Muita heresia se cria quando se tiram as passagens de Ellen White do seu contexto! Uma "meia citação" é como uma "meia verdade", acaba por tornar-se uma mentira.
A citação em questão "O juízo ora se realiza no Santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus a nossa vida deve passar por exame", se encontra num capítulo intitulado "O Grande Juízo Investigativo" no livro o Grande Conflito (pp. 479-491) em que Ellen White aborda muitos dos conceitos que formam a base da doutrina adventista do juízo pré-Advento que transcorre hoje no Santuário celestial. Uma leitura completa e detalhada do capítulo desmonta a interpretação de que o juízo dos vivos possa ocorrer a qualquer momento antes do contexto de total comoção mundial, a chuva serôdia e das sete pragas. A título de síntese, coloco aqui as seguintes passagens do mesmo capítulo que contextualizam a passagem acima no que tange ao juízo dos vivos:
"Ao abrirem-se os livros de registo no juízo, é passada em revista perante Deus a vida de todos os que creram em Jesus. Começando pelos que primeiro viveram na Terra, o nosso Advogado apresenta os casos de cada geração sucessiva, finalizando com os vivos." (GC 483).
"A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efectuar-se antes do segundo advento do Senhor. ... Quando se encerrar o juízo de investigação, Cristo virá, e Seu galardão estará com Ele para dar a cada um segundo for a sua obra." (GC 485).
"De igual modo, todos quantos desejem seja seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro." (GC 490)
"Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse, prevendo aquele tempo, declara: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda..." Apoc. 22:11. (GC 490-491).
Ellen White também revela que o processo de purificação dos santos vivos inicia-se pouco antes do fechamento da porta da graça com o derramamento do Espírito Santo:
"O "início do tempo de angústia" aqui mencionado [PE p. 33], não se refere ao tempo em que as pragas começarão a ser derramadas, mas a um breve período, pouco antes, enquanto Cristo está no Santuário. Nesse tempo, enquanto a obra de salvação está se encerrando, tribulações virão sobre a Terra, e as nações ficarão iradas, embora contidas para não impedir a obra do terceiro anjo. Nesse tempo a "chuva serôdia", ou o refrigério pela presença do Senhor, virá, para dar poder à grande voz do terceiro anjo e preparar os santos para estarem de pé no período em que as sete últimas pragas serão derramadas." (PE 85-86).
"Os justos vivos receberão o selo de Deus antes do fim da graça." (Maranata, 209).
"Imediatamente antes de havermos entrado nele [no tempo de angústia], todos recebemos o selo do Deus vivo. Então vi que os quatro anjos deixaram de reter os quatro ventos."(SDABC 7, 968)
"O tempo do selamento é muito curto, e logo passará." (PE 58)
Veja que o juízo dos vivos ocorre "pouco antes" da Segunda Vinda de Cristo. A chuva serôdia durante a angústia entre as nações (Luc. 21:25-27) preparará os salvos vivos para o juízo que ocorre pouco antes do derramamento das sete pragas (Apo. 15-16) que antecedem imediatamente a Vinda de Cristo.
O derramamento do Espírito Santo culmina com o selamento e o juízo pré-Advento dos santos vivos proferido antes das sete pragas: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda" (Apo. 22:112). Isso confirma as evidências bíblicas de que o juízo dos vivos ocorre de maneira universal e não individual e coincide com o próprio fechamento da porta da graça. Neste momento, o nome dos salvos vivos é escrito no livro da vida e os perdidos estão para sempre perdidos.[7]
Podemos então analisar o momento do fechamento da porta da graça descrito em Apo. 22:11 em relação ao juízo pré-Advento da seguinte maneira:
"Quem é injusto; quem está sujo" = vida investigada = juízo pré-Advento
"faça injustiça ainda; suje-se ainda" = sentença
"e quem é justo; e quem é santo" = vida investigada = juízo pré-Advento
" faça justiça ainda; seja santificado ainda" = sentença
Note também que a investigação e a sentença aqui são simultâneos, pois a sentença não pode ser dada sem que haja investigação e esta não pode ocorrer enquanto ainda houver graça. Sabemos que no período imediatamente precedente ao fechamento da porta da graça, a mensagem do terceiro anjo continuará a ser pregada oferecendo ao mundo uma última oportunidade para temer a Deus e dar-lhe glória (Apo. 14:6-7; veja PE 85-86). Oferecer essa oportunidade para quem já teve seu destino selado anteriormente seria inútil.
Também segundo a Bíblia, o fim da graça para os vivos ocorre em um ponto específico do tempo, de maneira universal e irrevogável, antes das sete pragas (Apo. 15:7-8) que precedem imediatamente a vinda de Cristo. Note também que um "fechamento da porta da graça" em um ponto específico da história seria completamente irrelevante se a graça terminasse de maneira individual para os vivos em tempos diferentesOutra citação de Ellen White parece apoiar a idéia de que o juízo dos vivos pode começar hoje diz que:
"Enquanto o juízo investigativo prosseguir no Céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do Santuário, deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra."(GC 425). Note, porém, que os "crentes arrependidos" cujo pecado é removido não são os crentes vivos, e sim os crentes mortos:
"Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do Santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai." (GC 421).
O juízo pré-Advento hoje trata da remoção dos pecados desses "crentes arrependidos" mortos do Santuário celestial. Enquanto essa obra continua em favor dos crentes mortos é que "Deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra" (GC 421), pois a porta da graça continua aberta e o juízo dos vivos ainda não ocorreu.
Sabemos também que o juízo dos justos vivos só ocorrerá quando terminar o dos justos mortos: "Os casos dos justos mortos têm estado a passar em revista diante de Deus. Quando esta obra se completar, o juízo deve ser pronunciado sobre os vivos." (ME 1, 125).
Agora pense comigo: segundo estatísticas, morrem aproximadamente 2 pessoas por segundo no planeta; por hora são 7.200 e por dia 172.800. Obviamente muitos desses que morrem são justos que entram na "fila", por assim dizer, do juízo pré-Advento dos mortos. Ou seja, enquanto salvos estiverem morrendo, Jesus não iniciará o juízo dos vivos. Evidentemente, isso não continuará para sempre; por isso, a porta da graça se fecha em um momento específico de maneira universal. Essa é mais uma evidência de que o juízo dos vivos ocorrerá simultaneamente com o fechamento da porta da graça e não de maneira particular.
Com base em tudo isso, relendo a frase "Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos", podemos dissecá-la da seguinte forma:
1. Ellen White cria que ela mesma vivia nos dias finais da história pois "breve" o juízo passaria para os vivos culminando com o fechamento da porta da graça e na vinda de Cristo ainda em seus dias (cf. Apo. 22:12);
2. "Ninguém sabe quando" alude à imagem do ladrão da noite que Jesus usou em Mat. 24:39 e que vimos acima; "Assim, quando a decisão irrevogável do Santuário houver sido pronunciada, e para sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os habitantes da Terra não o saberão." (GC 615).
3. O juízo passará aos "casos dos vivos" "pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu", pois é nesse momento em que termina a graça e todos os casos estarão decididos. Esse "pouco antes" está inserido no contexto da chuva serôdia e das sete pragas. Deus não decidirá os casos dos vivos enquanto houver tempo de graça para arrependimento e salvação, pois Ele não predestina de nenhuma forma indivíduos que poderão ainda usar seu livre arbítrio para definir seu destino. O último convite divino ao arrependimento será pouco antes do fechamento da porta da graça. (Apo. 14:6)
Creio que essa leitura é mais consistente como toda a gama de declarações sobre o juízo pré-Advento feitas por Ellen White e também é consistente com a intercessão de Jesus descrita na Bíblia:
"Porque Cristo não entrou num Santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus." "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Heb. 9:24; 7:25).
"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém." (Judas 24,25)
Por isso, nenhum adventista precisa temer que seu nome tenha já passado ou esteja passando hoje pelo juízo pré-Advento e viver em insegurança, medo, apreensão ou depressão. O juízo pré-Advento transcorre hoje para os mortos e os "que morrem" (veja Rev. 14:13), enquanto nós vivos ainda temos a porta da graça aberta.
Conclusões
1. Ellen White não advoga a ideia de que o juízo dos vivos ocorre fora do contexto dos eventos finais que inclui: a chuva serôdia durante a angústia entre as nações, comoção generalizada no mundo (Luc. 21:25-27), o fim do tempo da graça, as sete pragas e o tempo de angústia.
2. O juízo pré-Advento dos vivos ocorre simultaneamente com o fechamento da porta da graça, pois Jesus continua Sua obra intercessória e de juízo até proferir o juízo/veredicto sobre os vivos naquele momento. (Apo. 22:11; 15:7-8);
3. Nossa preocupação hoje, nestes dias de graça, é em continuar "a obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra." (GC 421)
4. Acima de tudo, podemos viver com a certeza de que "Quem crê no Filho tem a vida eterna" (João 3:36) e que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rom. 8:1), alegrando-nos "por estarem os vossos nomes escritos nos Céus." (Luc. 10:20).
André Reis
Formado em Teologia pelo Unasp-C2, cursou Mestrado em Divindade na Andrews University; também é Mestre em Música e atualmente cursa Ph.D. em Teologia.
É Pastor Associado da Igreja Adventista Brasileira de Jacksonville, Florida.

4 de novembro de 2010

A SÉTIMA TROMBETA DO APOCALIPSE

Jesus dá na revelação do Apocalipse, uma visão profética tridimensional do que finalmente chegaria a ser a história desde os dias apostólicos até ao tempo do fim: 1) as sete igrejas, 2) os sete Selos, 3) as sete trombetas e 4) as sete pragas. A profecia das sete igrejas revela a história religiosa da era cristã, salientando as suas faltas e prometendo o galardão aos vencedores. Nessa profecia Deus destaca o Seu interesse e amor por Seu povo. Os sete selos profetizam a história social da era cristã, expondo especialmente o triste processo da apostasia. Também se apresenta a Deus controlando a História e dando fim à dor e ao sofrimento. As sete trombetas pintam a história militar que ocorreria na era cristã em relação com a igreja e as sete pragas trata da finalização do tempo da graça até à gloriosa vinda de Jesus.
1. Que se cumprirá quando estiver para soar a sétima trombeta? (7ª Trombeta em Power Point - Clicar)
Rª: “Mas que nos dias da voz do sétimo anjo, quando este estivesse para tocar a trombeta, se cumpriria o mistério de Deus, como anunciou aos seus servos, os profetas.” Apoc. 10:7
Nota: A sétima trombeta assinala o ponto culminante no grande conflito entre Cristo e Satanás, tal como é revelado na proclamação das vozes do céu nesse tempo (de Ap.11:15), “o mistério de Deus” (cf. Rom. 11:25; Mar. 4:11; Col. 2:2; Col. 4:3). O ministério de Deus, que Ele revela aos Seus filhos, é o Seu propósito para eles: o plano da salvação.
2. Que evento assinala o soar da sétima trombeta?
Rª: “15 E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
16 E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,
17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.” Ap. 11:
Nota: Parece-nos que o que se deve relevar deste texto é o seguinte: “porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.” Os dois verbos “tomado” e “começaste” estão em tempos diferentes. O contexto seria “tomaste o reino” e “começaste a reinar”. O reinado triunfante começa quando Deus tornar efectiva a Sua omnipotência. Deus sempre foi Todo-poderoso, e o reino do pecado só existiu pela tolerância de divina com o propósito de que se revelasse aos seres criados a verdadeira natureza do mal. Quando se cumprir este propósito, então, Deus tomará o Seu “grande poder” e uma vez mais reinará de forma soberana (ver 1ª Cor. 15:24-28).
3. Qual é a condição das nações, e que outros eventos devem ocorrer durante este tempo iminente?
Rª: “Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.” Apoc. 11:8.
Nota: “Iraram-se...as nações” (cf. Sal. 2:1). A ira será a característica generalizada das nações antes da vinda de Cristo. Agrupar-se-ão para se opor à obra de Cristo e ao Seu povo (cf. Ap. 13:12; 14:8). A “ira” de Deus resume-se às sete pragas (ver Ap. 15:1). A obra de oposição contra Cristo é detida por estas pragas.
As cenas finais da história deste mundo e do juízo são claramente aqui apresentadas. A menção neste capítulo sob a sétima trombeta, das nações iradas e do julgamento dos mortos, torna claro que o sétimo anjo começou a fazer soar a trombeta. “O tempo dos mortos, para que sejam julgados,” começou em 1844, ao final do período profético de 2.300 dias (Daniel 8:14). Esta obra será concluída e o Evangelho levado a todo o mundo.
A “voz” da trombeta do sétimo anjo estará soando quando terminar o tempo da graça.
4. Que cena no Céu foi apresentada ao profeta ao soar a sétima trombeta?
Rª: “Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.” Apoc. 11:19.
Nota: Visto como o período concedido ao soar das sexta trombeta terminou em 1840, e o juízo no Céu começou quatro anos mais tarde, é claro que o sétimo anjo começou a fazer soar a sua trombeta em 1844. neste ano Cristo finalizou a Sua obra sacerdotal no lugar santo do santuário celestial, e iniciou a Sua obra no lugar santíssimo. E “abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo.” No fim de 1844, e nos anos que se seguiram, deu-se estudo especial à questão do santuário. Viu-se que as Escrituras falam de um santuário e um ritual do santuário no Céu, do qual Cristo é o Ministro e Sumo-Sacerdote, e do qual o santuário terrestre do antigo Israel era tipo. Assim foi apresentado à vista o templo celestial de Deus.
A “arca” de outro, contendo a Lei de Deus escrita em tábuas de pedra, achava-se no lugar santíssimo. A menção da arca em relação com o juízo vem lembrar-nos que a Lei de Deus, os Dez Mandamentos que se acham dentro da arca é a norma no juízo (Ver Ecl. 12:13,14; Rom. 2:12; Tiago 2:8-12).
Conclusão: Enquanto soa a sétima trombeta, reinará o tempo da graça para o mundo, cairão logo após as sete últimas pragas. Logo o Senhor da glória, virá nas nuvens do céu para levar consigo o Seu povo. E Ele reinará para sempre.

1 de novembro de 2010

A CONSUMAÇÃO DO MISTÉRIO DE DEUS

Amigos, neste tema vamos falar de “mistério de Deus”. Podem ler muitas passagens bíblicas que falam de mistério (ex: Dan. 2:18,27-30; 2:47; 4:9; Mat. 13:11; Rom. 11:25; 16:25), estes são alguns exemplos, muitas outras passagens falam deste mistério de Deus. Então o que significa a palavra mistério?
Quer dizer, as coisas que estão ocultas para os que não têm interesse em conhecer a verdade. Não são mistérios no sentido que não possam ser entendidas ou que deliberadamente estejam ao alcance de alguns e não de outros. A única razão de não serem compreendidas para alguns; elas discernem-se espiritualmente.
1. Lembra-se o que acontece na descrição da sexta trombeta?
Rª: “E vi outro anjo forte que descia do céu, vestido de uma nuvem; por cima da sua cabeça estava o arco-íris; o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo.” Ap. 10:1.
Nota: Esta visão centra-se sobre um “anjo forte”, ou seja, além dos anjos que já tinham aparecido a João antes. Surge agora um distinto dos que retêm os quatro ventos (7:1), dos que tocam as sete trombetas (8:2), do anjo diante do altar (8:3) e dos anjos que estão junto ao rio Eufrates (9:14). Este anjo pode ser identificado com um Ser celeste só encontrado em Apocalipse 1:13, identificado como “semelhante ao filho do homem”.
2. Que tinha Ele na mão?
Rª: “e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra.” Ap. 10:2
Nota:Um livrinho aberto”. Em Daniel 12:4, encontramos uma ordem “encerra o livro, até ao fim...” Este livro que devia ser “selado” , ou fechado, até ao tempo do fim, é sem dúvida aqui mencionado.
3. Que solene anúncio fez esse anjo?
Rª: O anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita ao céu, e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora.” Ap. 10:5,6.
Nota: “não haveria mais demora”, jrónos oukéti estai,o tempo não será mais”. Esta misteriosa declaração tem sido interpretada de diversas maneiras. Muitos expositores entendem que assinala o fim do tempo e o começo da eternidade. Outros tomam a palavra “tempo” no sentido do tempo que transcorre imediatamente antes dos acontecimentos finais da história, e traduzem: “não haverá mais demora”.
Os adventistas do sétimo dia, entendem que estas palavras se relacionam com Daniel 7:14, ou seja; o tempo profético dos 2.300 dias. A mensagem pregada por Guilherme Miller sobre o período de 1840-1844. Depois desta profecia não haveria outra mensagem fundamentada num tempo definido, exacta. Não há nenhum outro período profético que se estenda além do ano 1844.
4. Nos dias da vos do sétimo anjo, que disse o anjo deveria ser cumprido?
Rª: “Mas que nos dias da voz do sétimo anjo, quando este estivesse para tocar a trombeta, se cumpriria o mistério de Deus, como anunciou aos seus servos, os profetas.” Ap. 10:7.
Nota: O segredo ou mistério de Deus é o Evangelho (Efésios 3:1-6; Gálatas 1:11,12). O Evangelho, então, deverá ter soado por todo o mundo ao soar a sétima trombeta. Com o final da sétima trombeta termina o tempo da graça e dá-se início ao tempo de angústia ou das 7 pragas. O mistério de Deus, que Ele revela aos Seus filhos, é o Seu propósito que Ele tem para eles: o plano da Salvação (cf. 1ª Tim. 3:16; T.S, vol.2)
5. Que foi dito a João que fizesse com o livrinho?
Rª: “A voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o livro que está aberto na mão do anjo que se acha em pé sobre o mar e sobre a terra. E fui ter com o anjo e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele: Toma-o, e come-o; ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel.” Ap. 10:8,9.
Nota: A experiência pela qual passou João nesta visão pode considerar-se, em sentido específico, como um símbolo da experiência vivida pelos crentes adventistas nos anos 1840-1844. Quando esses crentes ouviram pela primeira vez sobre a iminência da vinda de Jesus, foi para eles “doce como o mel”; Cristo não veio segundo as suas expectativas, a sua experiência foi muito amarga.
6. Que diz o Apóstolo da sua experiência?
Rª: “Tomei o livrinho da mão do anjo, e o comi; e na minha boca era doce como mel; mas depois que o comi, o meu ventre ficou amargo.” Ap. 10:10
Nota: de modo explícito é aqui predita a experiência dos que proclamaram a mensagem do advento e da hora do juízo de 1843-1844. Jubilosos na esperança de que Cristo viesse então, como os primeiros discípulos em relação ao Seu primeiro advento, (Luc. 24:21; Atos 1:6,7), foram amargamente desapontados, e acharam que havia ainda uma obra a ser por eles feita, como aconteceu com os primitivos discípulos depois da crucifixão, ressurreição e ascensão de Cristo.
7. Que palavras finais do anjo a João mostram que tanto o tempo literal como o da prova deveria continuar por algum tempo ainda, e que Deus tinha ainda outra mensagem para o mundo?
Rª: “Então me disseram: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas, e reis.” Ap. 10:11.
Nota: a mensagem de Apocalipse 10:11 é a mesma de Apoc. 14:6,7; e a mensagem posterior de Apoc. 14:8-12 vem em resposta à ordem: “Importa que profetizes outra vez,” de Apoc. 10:11. Todas elas, porém, são mensagens dos últimos dias, e indicam que o fim de todas as coisas está próximo. Porém, à semelhança de João, as palavras consoladoras de Cristo dirigidas ao profeta, são agora, dirigidas aos Seus representantes, os crentes adventistas depois da grande desilusão: a obrigação de proclamar uma mensagem adicional, ampla, que atinja todo o mundo ou seja “a muitos povos”, “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” Mateus 24:14.
“Em todos os séculos foi reclamado dos seguidores de Cristo vigilância e fidelidade; mas agora que nos achamos no limiar do mundo eterno, possuindo as verdades que temos, de posse de tão grande luz, de uma obra tão importante, cumpre-nos dobrar de diligência. Cada um deve fazer o máximo de suas aptidões. Meu irmão, pondes em risco a vossa própria salvação se ficais agora para trás. Deus vos chamará a contas se falhardes na obra que vos designou. Tendes conhecimento da verdade? Dai-a aos outros.” Testemunhos Selectos, vol. 2, ps. 161,162