8 de março de 2010

A VITÓRIA DE BABILÓNIA

O livro de Daniel abre-se sobre um acontecimento brutal: Babilónia contra Jerusalém.
“No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonozor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.” Daniel 1:1.
Para além do conflito local que opõem dois reinos históricos, o autor visa igualemnte um conflito de uma outra dimensão, um conflito cósmico. Esta leitura do texto encontra-se sugerida pela associação clássica “Babilónia-Jerusalém” e está confirmada com a evocação: “E o Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos vasos da casa de Deus; e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus; e os pôs na casa do tesouro do seu deus.” Daniel 1:2. “Sinar é o antigo e mítico nome de Babilónia, um nome que é justamente ligado ao episodio da torre de Babel: E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram.” Génesis 11:2.
Você já tinha reparado nesta analogia? Então pode ver que ler a Bíblia tem que ser como diz Isaías (Is. 28:10). Veja bem, acha normal isto? Responda a esta questão: Qual é a relação da Torre de Babel (Sinar) com Israel? Você ficou calado! Dá para pensar? Sim! Esta é a razão de eu ser apaixonado pelas profecias, e postar tão raramente neste blog, quando você encontrar alguma coisa aqui, não encontra em mais lado nenhum, eu sei, muita gente não gosta de ler isto, especialmente aqueles que querem religião, mas não querem saber da Verdade.
Sabia que desde os tempos mais antigos, Babilónia é representada na Bíblia como o poder do mal e por excelência o que se opõe a Deus? Sabia que este poder pretendeu e pretende os direitos e privilégios que pertencem unicamente a Deus? Lembra-se da história da torre de Babel?
O texto de Génesis 11 diz assim (vou postar do verso 1 até 9):
“1 Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma.
2 E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram.
3 Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa.
4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
7 Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro.
8 Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
9 Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra.”
Já leu? O que é que diz? Relata que no seguimento do Dilúvio, os primeiros homens, unidos por uma só língua, decidiram construir uma torre, na intenção de subir até ao céu. Deduz-se do texto, relatado com um certo humor, que Deus desce e confunde as línguas e a empresa que eles queriam realizar. Num jogo de palavras, o nome de Babel é agora explicado pela relação à raiz bll que significa “confusão” (Gén. 11:9). Assim, Babel trata-se com outro nome hebraico de Babilónia, foi conservada na memória bíblica como o símbolo do movimento terreno que tenta usurpar o pode celeste. Entendeu?
Por aqui você está a ver que este estudo vai levar-nos numa maravilhosa e longa jornada, se ama a Palavra de Deus, peça ao Espírito Santo para lhe dar força, de outro modo, vai ficar a meio da jornada!
Mais tarde, os profetas retomarão este tema, em particular, quando Babilónia se preparava e se colocava como uma ameaça para o povo de Jerusalém:
“Então tu pronunciarás este cântico sobre o rei de Babilónia, e tu dirás:
E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” (Isaías 14:13,14; cf. Jeremias 50:17-40; Ezequiel 31).
Por detrás deste evento particular de confronto de forças entre Babilónia e as forças de Jerusalém, o profeta deixa perceber uma batalha de uma outra dimensão e de uma outra ordem. Desde o princípio o tom está dado. Todo o livro de Daniel deve ser lido segundo esta perspectiva. Aliás, a história do primeiro capítulo é relatado neste contexto.
O próximo tema será sobre a deportação. Não falte e Deus o abençoe. Amem.

Sem comentários: