7 de dezembro de 2009

A SEGUNDA E TERÇA TAÇA DO APOCALIPSE

“O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu todo ser vivente que estava no mar. O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas dizer: Justo és tu, que és e que eras, o Santo; porque julgaste estas coisas; porque derramaram o sangue de santos e de profetas, e tu lhes tens dado sangue a beber; eles o merecem. E ouvi uma voz do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.” (Ap. 16:3-7)
Estas duas taças são derramadas sobre as águas da terra: na segunda praga sobre o mar, a terceira sobre os rios. Estas pragas fazem lembrar as pragas do Egipto. A água torna-se se em sangue (Êxodo 7:17-21). No contexto do Egipto, esta praga tinha um sentido muito particular. O rio Nilo era adorado como um deus e a sua água assegurava a vida dos habitantes de todo o país.
A experiencia dos últimos inimigos de Deus no alvorecer da libertação final aparenta-se a esta praga caída sobre os inimigos de Israel. Eles tinham colocado as suas esperanças naquilo que eles acreditavam ser a fonte das suas vidas, agora, estava transformado em sangue e era causa de morte. Aqui, a explicação contextualizada, a praga dá conta da lei da reciprocidade. “Eles derramaram sangue”, é a razão que é dada, por isso “o sangue é-lhes dado a beber” (Ap. 16:6). O castigo uma vez mais é inerente ao pecado. Eles são envenenados pela morte que eles produziram.
A punição está em relação com as suas faltas. O anjo das águas é o próprio a afirmar “porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhe tens dado a beber” (Ap. 16:6).
O anjo do altar, geralmente associado às vítimas martirizadas pela opressão de Babel, repete: “Certamente, ó Senhor Deus, Todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos” (Ap. 16:7).
O toque da segunda e terceira trombeta também elas anunciavam flagelos que afectavam sucessivamente as águas do mar depois as fontes das águas (Ap. 8:8-11). No tempo das trombetas, esta imagem aplicava-se à condição espiritual do ser humano da época. A Igreja, ocupada a assegurar a soberania politica, tinha perdido o seu principal propósito. A vida espiritual simbolizada pela água viva (Salmo 36:8,9; Jeremias 17:8), esta tão necessária foi completamente descurada.
Na altura as trombetas relacionavam-se apenas com um terço das águas, as taças abrangem todas as águas da terra. E desta vez, não é só a água do mar que se torna em sangue (Apoc. 16:3), como foi o caso em (Apocalipse 8:8), mas igualmente os rios e as fontes das águas no interior dos próprios Continentes (Apoc. 16:4).

A condição espiritual dos crentes de Babel é trágica. Para o exilado de Patmos, esta imagem das águas e sangue é terrivelmente sugestiva. Sobre esta pequena Ilha rodeada de mar, a visão que João recebe significa que o horizonte está completamente obstruído. Grande foi a obra do adversário de Deus e dos homens! Tanto no exterior da Ilha, nos Continentes, como na própria Ilha, os homens não vêem Deus. As Suas testemunhas, os santos e os profetas, deixaram de ser ouvidos. A água tornou-se em sangue. As pessoas de Babel não podem mais esperar, não só porque tudo se transformou em sangue, mas também porque e ao mesmo tempo, eles não têm mais nada que desperte o seu gosto o seu prazer, é a nostalgia, é também para eles um futuro sem esperança. Não crêem, não querem crer, estão perdidos, o próprio Satanás levou-os a um estado de cegueira que vendo não discernem.
Você que lê esta mensagem do Apocalipse permita, ainda pode ver, que Jesus ilumine o seu horizonte e o encha de esperança. Amem!

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