17 de setembro de 2009

APOCALIPSE: ABERTURA DO 2º SELO, O CAVALO VERMELHO

“E saiu outro cavalo, um cavalo vermelho; e ao que estava montado nele foi dado que tirasse a paz da terra, de modo que os homens se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.” (Ap. 6:4).
A abertura do segundo selo, o cavalo que aparece tem a cor vermelha. A sua aparição é anunciada pelo segundo ser vivente de rosto de bezerro (boi). O cavaleiro que aparece montado sobre este cavalo tem por objectivo: “tirar a paz da terra” (Ap.6:4). Os homens matam-se uns aos ouros. O cavaleiro caracteriza-se por ter “uma grande espada” (Ap. 6:4).
A segunda etapa que é revelada a João por Jesus é caracterizada por uma mudança na história do cristianismo. Passa-se da paz para a guerra. Não se trata de perseguição, mas antes de matança indiscriminada. Tudo neste texto aponta para este cenário. A cor vermelha do cavalo sugere o sangue que é derramado (ver 2ª Reis 3:22); o vitelo é uma evocação ao açougue/matadouro (Lucas 15:27); e é sobretudo a grande espada que anuncia a guerra. A própria palavra machaira é encontra num livro hebraico escrito entre 162-130 antes de Cristo e é conhecido como o livro de Enoque, aí uma “grande espada” é dada a Israel para combater os infiéis e matá-los (2 Enoque 90:19).
É o tempo quando a Igreja bate-se pela supremacia politica, o tempo da Igreja imperial do IV ao V século. É o tempo das guerras cristãs arianas e católicas. Pela primeira vez, os imperadores emprestam o seu apoio politico e militar à Igreja. O imperador romano Constantino (306-337 d.C.) e, nesta sequencia surge o imperador franco Clóvis (481-511 d. C.) que guerreiam em favor da Igreja. É o tempo descrito por Jules Isaac quando: “A Igreja cristã, passa da qualidade de perseguida a perseguidora, eleva-se como Igreja ao nível vitorioso e em breve se torna Igreja oficial do Estado” Isaac, Genèse de l`Antisémistisme, p. 133.
O 2º selo no contexto profético revela uma mudança significativa de um cristianismo puro, vivido tal como foi recebido das mãos de Jesus e dos Apóstolos para uma outra coisa, ou seja, os cristãos tinham testemunhado a sua fé por todo o Império Romano. Habitavam ainda nas grutas, mas também em casas nobres e no Palácio do Imperador Romano. Agora são uma força reconhecida pelo Estado e perdem a visão da missão evangélica para se tornarem uma força política e militar a qualquer preço.
Apoiados pelo poder temporal já não levam o pão salvador ao pagão, levam-lhe "a grande espada" (Ap. 6:4) e obrigam-no a aderir a uma forma de cristianismo. Ao cristão que reclama a vivência genuína é lhe tirada a vida com a "comprida espada" que está agora a substituir a "... a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Heb. 4:12). Na Palavra "espada" de Deus há poder para transformar pecadores em santos.
Se o cavalo branco representa a pureza da fé (Ap. 6:2) concluímos que o cavalo vermelho deve considerar-se a corrupção da fé pela introdução não só da perseguição mas também de heresias e quando os cristão que chamam a atenção para a necessidade de viver a antiga vida de Cristo são eles também perseguidos e mortos, perde-se o amor e assume-se a intolerância.
Não há cavalos vermelhos e este é apresentado nesta cor por ter seguido um caminho de identificação com aqueles que se salpicaram com o Sangue do Inocente Filho de Deus: “Saulo, porém, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, caso encontrasse alguns do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. Mas, seguindo ele viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu; e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer. Os homens que viajavam com ele quedaram-se emudecidos, ouvindo, na verdade, a voz, mas não vendo ninguém.” (Actos 9:3-7)

Em seguida o leitor pode ler este extracto retirado da wikipedia e se desejar mais informação sobre este assunto no final encontra o endereço.
Deus o abençoe em Jesus.

Religião
O fato de Constantino ser um imperador de legitimidade duvidosa foi algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas: enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentou-se como o protegido de Hércules, deus que havia sido apresentado como padroeiro de Maximiano na primeira Tetrarquia; ao romper com seu sogro e eliminá-lo, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, Deus Sol Invicto, ao mesmo tempo que fez circular uma ficção genealógica (um panegírico da época, para disfarçar a óbvia invenção, falava, dirigindo-se retoricamente ao próprio Constantino, que se tratava de fato "ignorado pela multidão, mas perfeitamente conhecido pelos que te amam") pala qual ele seria o descendente do imperador Cláudio II - ou Cláudio Gótico - conhecido pelas suas grandes vitórias militares, por haver restabelecido a disciplina no exército romano, e por ter estimulado o culto ao Sol.[7]
Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, na seqüência da sua vitória sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão. Segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim: In hoc signo vinces – “Sob este símbolo vencerás”.
De manhã, um pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu um vitória esmagadora sobre o inimigo. Esta narrativa tradicional não é hoje considerada um fato histórico, tratando-se antes da fusão de duas narrativas de fatos diversos encontrados na biografia de Constantino pelo bispo Eusébio de Cesaréia.
No entanto, é certo que Constantino era atraído, enquanto homem de estado, pela religiosidade e pelas práticas piedosas - ainda que se tratasse da piedade ritual do paganismo: o Senado Romano, ao erguer em honra a Constantino o seu arco do triunfo, o Arco de Constantino, fez inscrever sobre este que sua vitória devia-se à "inspiração da Divindade"(instinctu divinitatis mentis), o que certamente ia de encontro às idéias do próprio imperador. Até um período muito tardio de seu reinado, no entanto, Constantino não abandonou claramente sua adoração com relação ao deus imperial Sol, que manteve como símbolo principal em suas moedas até 315.
Só após 317 é que ele passou a adotar clara e principalmente lemas e símbolos cristãos,[8] como o "chi-rô", emblema que combinava as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo ("X" e "P" superpostos). No entanto, já quando da sua entrada solene em Roma em 312, Constantino recusou-se a subir ao Capitólio para oferecer culto a Júpiter, atitude que repetiria nas suas duas outras visitas solenes à antiga capital para a comemoração dos jubileus do seu reinado, em 315 e 326.[9]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constantino_I#Religi.C3.A3o

Sem comentários: